Brasil deve exportar maior volume de soja em grão da história em 2023

Previsão aponta crescimento de 19% na quantidade da oleaginosa a ser embarcada

30/07/2022 às 21:00 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 91,5 milhões de toneladas em 2023, de acordo com a previsão que faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado pela agência Safras & Mercado. O volume indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra, acima dos 77,2 milhões previstos para 2022.

Para o analista da agência, Luiz Fernando Roque, com a nova expectativa de produção, o país pode apresentar um novo posicionamento no mercado de negociações. “A recuperação da produção brasileira, com novo potencial produtivo recorde, deve levar também a novo recorde de exportações. O Brasil deve recuperar a parcela perdida para os EUA devido à quebra produtiva de 2021/22”, explica.

O boletim prevê, ainda, um esmagamento de 49,5 milhões de toneladas em 2023 e de 47,9 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 3% entre uma temporada e outra. Além disso, o prognóstico indica que devem ser importadas 100 mil toneladas para 2023, com queda de 86% sobre 2022.

O analista defende que as boas margens industriais, a forte participação brasileira no mercado internacional e uma possível demanda maior por biodiesel deve resultar na ampliação do esmagamento. “Com a provável supersafra, os estoques finais devem ter um forte crescimento, mesmo com o aumento do consumo”, afirma.

Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deve aumentar 18%, passando para 154,53 milhões de toneladas. A demanda total projetada pela agência Safras e Mercado está em 144,6 milhões de toneladas, alta de 13% em relação ao ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 239%, passando de 2,93 milhões para 9,92 milhões de toneladas.

A entidade trabalha com uma produção de farelo de soja de 38,05 milhões de toneladas no próximo ano, volume que corresponde a um aumento de 3%. As exportações também podem aumentar 3% para 18,7 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 19,2 milhões, crescimento de 5%. Já os estoques, segundo a previsão, devem subir 7% para 2,4 milhões de toneladas.

Ainda conforme a estimativa, a produção de óleo de soja deve aumentar 3% para 10,05 milhões de toneladas. O Brasil pode exportar 1,9 milhão de toneladas, com queda de 10% e o consumo interno tem possibilidade de alta de 3% para 8,15 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 10% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 6% para 333 mil toneladas.

Com informações da agência Safras e Mercado

Foto de capa: Wenderson Araújo/CNA-Senar


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