Demanda de carne bovina para a China se mantém aquecida no 2º semestre

Vendas externas somaram volume recorde de janeiro a junho deste ano

16/07/2022 às 15:00 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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Com as vendas externas de carne bovina somaram volume recorde no primeiro semestre e esse resultado foi ancorado pelos envios da proteína à China e aos Estados Unidos. De acordo com os dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada)  a demanda chinesa se manterá aquecida no 2º semestre deste ano. 
 
Considerando o comportamento das exportações verificado nos últimos anos – em que os envios da proteína brasileira tanto ao país asiático quanto ao norte-americano se intensificam no segundo semestre –, os embarques nacionais podem se manter aquecidos nos próximos meses e renovar, portanto, o recorde anual. 

E, para reforçar estes envios externos, o dólar está operando em elevado patamar, ao passo que as vendas no mercado doméstico seguem enfraquecidas, contexto que deve manter frigoríficos exportadores focados neste canal de escoamento.

Exportações 

A carne bovina in natura exportada pelo Brasil no primeiro semestre de 2022 e a receita arrecadada foram recordes no primeiro semestre de 2022. 

De janeiro a junho, os embarques de carne bovina in natura totalizaram 932,34 mil toneladas, 26,71% acima do volume escoado no mesmo período do ano passado e 19,93% superior ao até então recorde para um primeiro semestre, registrado em 2020. Quanto à receita, em moeda nacional, somou R$ 28,4 bilhões na primeira metade deste ano, forte aumento de 50,5% frente ao mesmo período do ano anterior e também um recorde.

Conforme a Abrafrigo ((Associação Brasileira de Frigoríficos), a China se mantém como a grande impulsionadora destes resultados, sendo a maior importadora da carne bovina produzida no Brasil. No primeiro semestre de 2021, o país comprou 401.577 toneladas. Em 2022, a aquisição foi 35% maior, totalizando 544.069 toneladas.

Este índice elevou a participação dos chineses nas exportações brasileiras de 45,6% para 49,9%. Na receita do semestre, as vendas para o país subiram 86%, passando de US$ 1,972 bilhão em 2021 para US$ 3,682 bilhões nos primeiros seis meses de 2022.
 

Com informações do Cepea e Abrafrigo


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