FPA discute acesso do produtor ao Seguro Rural

Agricultores pontuam demora das seguradoras na realização dos pagamentos

06/07/2022 às 20:10 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Na terça-feira (5), a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) se reuniu para discutir alternativas para minimizar  os problemas relatados por produtores rurais em relação ao acesso ao Seguro Rural, bem como a falta de indenização por parte das seguradoras. De acordo com a entidade, atualmente, não é possível prorrogar as dívidas agrícolas por conta do teto de gastos, diferente do que ocorria no passado, por isso o seguro é a única saída.

Para os produtores, o Seguro Rural é fundamental em um cenário como esse, no entanto, todos temem que o atraso no pagamento possa colocar em descrédito o Programa e incentivar a não contratação do seguro.

O presidente da FPA, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), destacou durante a reunião que muitos agricultores que contrataram o seguro rural não receberam as indenizações referentes às perdas ocorridas no ano anterior. “Eles precisam desse dinheiro, seja para quitar dívidas, seja para comprar insumos para uma nova safra. As seguradoras têm demorado a fazer esse repasse, já que passamos pela maior seca dos últimos 40 anos, o que causou uma sobrecarga nas empresas”, explicou.

Após o encontro da Frente Parlamentar, ficou decidido que os sindicatos rurais e cooperativas devem identificar os seus associados que enfrentam o problema e encaminhar, de forma conjunta, à Susep (Superintendência de Seguros Privados) para que possa agir nos casos de não pagamento e levantar os motivos para a falta de repasse.

O diretor de Risco Rural do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Pedro Loyola, ressaltou que dos pagamentos de indenizações do seguro rural, 70% dos analisados já foram pagos e que o restante já está em análise. “Conversamos também com representantes da Superintendência de Seguros Privados que nos afirmaram que dos 312 casos de reclamações de atrasos de pagamentos, 225 já foram liquidados”. disse.

A Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais), reforçou que a seca causou uma sobrecarga nos trabalhos das empresas, o que resultou em uma demora além do normal. De acordo com a Federação, cada laudo é analisado e liberado individualmente para pagamento, o que demanda, naturalmente, um tempo maior de processo.

Com informações e foto de capa da FPA


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