Safra de café pode chegar a 53,4 milhões de sacas em 2022
Foto: Wanderson Araujo/Senar
Conforme levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) divulgado nesta quarta-feira (1º), a colheita da safra 2022/23 de café robusta ganhou ritmo em maio, sobretudo na segunda quinzena, pressionando o valor. Neste período, em Rondônia, por exemplo, já havia sido colhido de 40% a 50% do total esperado. No Espírito Santo a colheita do grão registrou índice entre 15% e 25% do total.
Além da pressão da safra, os valores externos do robusta também recuaram em parte do mês, influenciando as cotações domésticas. Para o arábica, os preços oscilaram com força. No início do mês, os valores foram pressionados por movimentos técnicos, incertezas relacionadas à demanda global e pelo início da colheita da safra 2022/23.
Mesmo assim, os preços da variedade recuaram no mês passado. Entre 29 de abril e 31 de maio, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, caiu 10,57%, fechando a R$ 708,25 a saca nessa terça-feira (31).
Já na segunda semana de maio, as cotações subiram, impulsionadas por correções e por preocupações com a chegada de uma forte onda de frio no Brasil, com a possibilidade de geadas. Entre 29 de abril e 31 de maio, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 registrou avanço de 0,45%, fechando a R$ 1.273,07 a saca no último dia de maio.
Safra 2022
A safra de café de 2022 pode chegar a 53,4 milhões de sacas, segundo o levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado no dia 19 de maio. O volume representa um acréscimo de cerca de 5,7 milhões de sacas em relação ao ciclo anterior. Se comparado com a colheita de 2020, último ano de bienalidade positiva, a produção esperada para este ano é 15,3% inferior, o que representa 9,65 milhões de sacas.
Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil já exportou 14,1 milhões de sacas de 60 kg de café. O volume é 10,8% menor do que a quantidade exportada em igual período do ano passado, resultado influenciado pela queda na produção de café em 2021 e redução dos estoques internos nos primeiros meses de 2022.
Com informações do Cepea e Conab
Foto capa Wanderson Araujo/Senar