Negociações de mercado da soja brasileira enfrentam lentidão

Cenário esteve atrelado à desvalorização do dólar frente ao Real 

23/05/2022 às 07:50 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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As negociações do complexo soja estiveram lentas no mercado brasileiro na última semana e os preços, enfraquecidos. Na semana passada, de acordo com o levantamento do  Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) os preços da soja em grão subiram no Brasil na semana passada. Segundo o estudo, a valorização do dólar frente ao Real atraiu importadores para o país, resultando em aumentos no prêmio de exportação e nos preços domésticos do produto.

Porém, conforme os dados divulgado hoje (23), segundo os pesquisadores do Cepea, esse cenário esteve atrelado à desvalorização do dólar frente ao Real, que torna commodities norte-americanas mais atrativas aos importadores em detrimento das brasileiras. 

Muitos consumidores domésticos também estiveram afastados das aquisições, à espera de crescimento na oferta. Esses agentes se fundamentam no baixo volume de soja comercializada da safra 2021/22 e na proximidade da colheita de milho, que tende a incentivar produtores a escoar parte desse remanescente da oleaginosa, para liberar espaço nos armazéns.

Previsão

De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a área mundial a ser cultivada com soja é estimada em 134,93 milhões de hectares, índice que representa um aumento de 3,65% em relação à última temporada. A produção também é apontada para ser recorde, com 394,69 milhões de toneladas, 13% superior à safra passada.

Para o Brasil, a previsão do USDA é de que a área plantada de soja seja de 42 milhões de hectares, um novo recorde que resultará em uma produção de 149 milhões de toneladas, 19,2% a mais que o estimado para a safra 2021/22, equivalente a 125 milhões de toneladas.

Com informações do Cepea 

Foto capa Pixabay 
 


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