
Com recuo semanal da cotação da soja em Chicago, o preço da saca disponível teve uma queda de 0,69% ante a semana passada, de acordo com o boletim do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), divulgado nesta segunda-feira (9).
O destaque vai para o acompanhamento da semeadura da safra 22/23 nos EUA (Estados Unidos da América). Segundo o relatório da USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a velocidade do cultivo está 25,00 p.p. menor que no mesmo período do ano passado e 12,00 p.p. em relação à média dos últimos cinco anos.
A análise também apontou que 12,00% da área aguardada de soja já está cultivada no país, avanço de 4,00 p.p. no comparativo semanal. Por fim, as precipitações de longo prazo do NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) apontam seca para a região do cinturão, o que pode pressionar a oferta mundial que já segue menor devido à quebra de safra na América do Sul.
Entre 29 de abril e 9 de maio, o preço da soja registrou baixa, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Nesse período o indicador, Cepea/Esalq – Paraná, caiu 1,05%, fechando a R$ 187,45/saca de 60 kg na segunda-feira (9). Já o indicador Esalq/BM&FBovespa recuou 0,97%, a R$ 192,91/sc de 60 kg.
Estimativa
A produção brasileira de soja em 2021/22 deverá totalizar 122,3 milhões de toneladas, com recuo de 11,4% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 138,1 milhões de toneladas. Com a colheita praticamente finalizada, os prejuízos provocados pela estiagem no sul do país estão sendo calculados. Em março a projeção era de 125,08 milhões de toneladas. O corte sobre a estimativa anterior é de 2,22%.
Com informações do Imea, Cepea e Safras & Mercado
Foto capa: Wenderson Araujo/CNA