Empresários de diversos setores, de Minas Gerais, se reuniram com importadores de países árabes, nesta semana, em Belo Horizonte, para apresentação do certificado halal - documento que comprova atendimento integral de exigências para venda de produtos brasileiros a comunidades muçulmana.
O mercado halal movimentou US$ 4,88 trilhões em 2021 e deve alcançar US$ 5,74 trilhões até 2024, segundo projeções de consultorias.
Até 2024 o mercado mundial halal planeja crescimento para dois dígitos: o de modas deverá saltar de US$ 27,7 bilhões para US$ 31 bilhões (alta de 12%), o de fármacos pode passar de US$ 94 bilhões para US$ 105 bilhões (+12%) e o de cosméticos deverá ir de US$ 66 bilhões para US$ 76 bilhões, com 15% a mais.
O setor de alimentos e bebidas poderá registrar números ainda mais promissores, de US$ 1,17 trilhão para US$ 1,38 trilhão - alta de 18%. O grupo de carnes bovina e frango rende ao Brasil anualmente mais de US$ 3 bilhões.
“O Brasil é o líder mundial na produção e na exportação de proteínas halal, movimentando US$ 16,2 bilhões. Os países árabes foram o maior destino nosso no exterior em 2021, atrás apenas da China e dos Estados Unidos”, ilustrou Ahmad Saifi, diretor de Operações da CDIAL Halal.
O CEO da CDIAL Halal, Ali Saifi, destacou que o certificado não é só a garantia de produtos com qualidade, segurança e rastreabilidade. É também o passaporte para um mercado que representa quase um quarto dos consumidores do planeta: “O mundo hoje tem 7 bilhões de pessoas. Desse total, cerca de 2 bilhões são muçulmanos”.
Os empresários Douglas Neves e Marcos Saraiva, do ramo de mineração, participam da reunião. “Estamos em busca de informações, esclarecimentos de como proceder em busca do selo”, disse Neves. Em 2021, a CDIAL Halal apurou salto de 53% no total de licenciamentos emitidos em relação ao ano anterior.
“Temos um mercado gigantesco a ser explorado. É bom lembrar que boa parte dos quase 2 bilhões de consumidores muçulmanos, que representam aproximadamente um quarto da população mundial, tem alto poder aquisitivo. Portanto, um público extremamente exigente. O Brasil tem muito espaço para ser mais protagonistas neste mercado”, finalizou o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad Saifi.
A reunião foi realizada pela Dubai Multi Commodities Centre em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a CDIAL Halal, certificadora na América Latina avalizada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes e do Golfo.
Foto de capa: LN Comunicação/Divulgação