A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar 261,6 milhões de toneladas, valor 3,3% acima (8,4 milhões de toneladas) da registrada em 2021 (253,2 milhões de toneladas) e queda de -3,8% (-10,2 milhões de toneladas) ante a informação anterior (271,9 milhões de toneladas). A estimativa de fevereiro foi divulgada nesta quinta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A área a ser colhida é de 71,2 milhões de hectares, 3,9% (2,7 milhões de hectares) maior que a de 2021 e 0,1% (88,5 mil hectares) maior do que o previsto no mês anterior, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).
Os principais produtos do grupo são: arroz, milho e soja. Juntas, as três culturas representam 92,7% da estimativa da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida. Em comparação com 2021, foi registrado um acréscimo de 6,0% na área do milho (6,5% na primeira safra e 5,8% na segunda), de 7,2% na área do algodão herbáceo e de 3,7% na da soja. Já na área do arroz (-2,0%) e do trigo (-1,2%) houve declínios.
A expectativa é que a produção de soja totaliza 123 milhões de toneladas, uma queda de 8,8% em comparação com 2021, e na produção de milho – queda de 0,1% na primeira safra e alta de 33,8% na segunda – totalizando 108,7 milhões de toneladas, alta de 23,9% frente a 2021. A produção de arroz ficou estimada em 10,7 milhões de toneladas, recuo de 7,9% ante ao produzido no ano passado.
O Nordeste (1,4%) e o Norte (3,4%) apresentaram aumento nas atividades em comparação com janeiro. As regiões devem produzir 24,7 milhões de toneladas e 12,4 milhões de toneladas, respectivamente.
A maior queda foi registrada no Sul (13,7%), que deve totalizar 69,2 milhões de toneladas. No Sudeste (26,8 milhões de toneladas) e Centro-Oeste (128,4 milhões de toneladas) não tiveram variação em suas estimativas de produção em relação ao mês passado.
O Mato Grosso lidera, com uma participação de 29,6%, seguido pelo Paraná (13,3%), Rio Grande do Sul (10,8%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,8%) e Minas Gerais (6,4%), que, somados, representaram 79,2% do total nacional. As variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês de janeiro, foram registrados no Tocantins (332,4 mil toneladas), na Bahia (306,8 mil toneladas), em Rondônia (107,0 mil toneladas), no Mato Grosso do Sul (24,2 mil toneladas), no Maranhão (16,9 mil toneladas), no Ceará (11,1 mil toneladas) e no Rio de Janeiro (286 mil toneladas).
Os resultados negativos foram apontados no Rio Grande do Sul (-10,0 milhões de toneladas), no Paraná (-1,0 milhão de tonelada) e no Amapá (-29,2 mil toneladas).
Com informações IBGE.