Nova safra de soja deve sofrer com estiagem, prevê Aprosoja MS

Setembro e outubro devem ser meses secos no Mato Grosso do Sul, relata André Dobash

28/09/2021 às 14:36 atualizado por Thalya Godoy - SBA | Siga-nos no Google News
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Nesta terça-feira (28), o Canal do Boi transmitiu o lançamento oficial do plantio da soja da safra 2021/22 no Mato Grosso do Sul. A produção da oleaginosa estimada para o estado, de 12,7 milhões de toneladas, representa queda de 4% na comparação com o ciclo anterior. 

A produtividade do ciclo 2021/22 está prevista, em média, de 56,38 sacas por hectare. A área destinada para o plantio da oleaginosa no estado deve crescer 7%, com 3,776 milhões de hectares.

As informações foram divulgadas hoje, no programa Agricultura BR, do Canal do Boi. Os dados foram levantados pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS).

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/ MS), lembrou que o estado registrou recorde de produtividade na safra passada, com quase 63 sacas por hectare. 

“A gente não faz essa mesma estimativa de produtividade média para esta safra, uma vez que até as previsões meteorológicas são mais negativas para esse ano. Então, mantemos uma previsão em cima da média histórica do estado, que fica em torno de 56 a 57 sacas por hectare”, afirma Dobashi.

Na safra 2020/21, Mato Grosso do Sul registrou períodos de seca em setembro e outubro, o que levou a janela de plantio ser empurrada para quase 28 dias além do esperado. Municípios como Água Clara e Coxim registraram temperaturas acima dos 44º C.

Para este ciclo, a expectativa é que o cenário seja mais grave que o anterior, como explica o presidente da Aprosoja. “A previsão desse ano é que tenha realmente um outubro com poucas chuvas, o que faz com que o produtor fique bastante apreensivo pra iniciar o seu processo de semeadura”, conta Dobashi.

O projeto Siga MS já registrou algumas semeaduras no estado, em municípios que não tiveram chuvas.

“O produtor preferiu colocar essa semente no pó, aguardando a chuva que está por vir. É uma técnica bastante arriscada, mas ele deve estar atento às previsões de chuva para o estado. Há uma chuva sim para as próximas semanas aí para a gente poder conseguir essa semeadura”, afirma.

Confira o evento na íntegra:


Foto de capa: Wenderson AraujoTrilux/ Sistema CNA Senar


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