Litro do leite pago ao produtor registra alta de 7,5% na média nacional

Forte concorrência entre laticínios alavancou o preço dos derivados lácteos

21/07/2021 às 15:02 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O preço do leite pago ao produtor em junho foi de R$ 2,01 por litro, alta de 7,5% em relação ao mês anterior, e as expectativas sobre o leite captado em junho e pago ao produtor em julho apontam para elevação em cerca de 5%. Os dados foram divulgados na terça-feira (20), no Boletim Mensal do Leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A forte concorrência entre os laticínios, para assegurar a compra de leite dentro de um contexto em que a oferta no campo está limitada, alavancou o preço dos derivados lácteos.

Segundo pesquisas do Cepea, as cotações do leite UHT, leite em pó e queijo muçarela negociadas no no atacado de São Paulo apresentaram médias de R$ 3,56/litro, R$ 28,42/kg e R$ 24,70/kg, respectivamente, em junho.

Durante o primeiro semestre do ano, os embarques de produtos lácteos somaram 21,1 mil toneladas, 45,6% acima do volume escoado no mesmo período de 2020 e 16,7% superior ao do segundo semestre do ano passado.

O cenário é reflexo da valorização de 9,4% na moeda norte-americana no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior. Os produtos lácteos mais exportados pelo Brasil foram o leite em pó e o leite condensado, representando 23% e 21%, respectivamente, do total escoado pelo setor de janeiro a junho.

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira registrou alta de 0,5% em junho na “Média Brasil”, que inclui os estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, refletindo as valorizações dos adubos e da suplementação mineral durante o mês. Para os suplementos minerais, a alta dos preços na “média Brasil” foi de 5,19% em relação a maio.

No primeiro semestre de 2021, o custo de produção da pecuária leiteira acumulou alta de 11,49%, influenciado, principalmente, pela valorização dos grãos e alta do câmbio, que, por sua vez, encarece os insumos produzidos com matéria-prima importada.


Com informações do Cepea.


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