Geada atinge o milho, café e laranjais em três estados

Paraná, São Paulo e Santa Catarina contabilizam estragos causados pela geada

30/06/2021 às 14:49 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
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Primeiro foi a estiagem, que causou forte redução de produtividade de grãos em regiões como norte e noroeste do Paraná, oeste de São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul. Agora, uma geada ocorrida na madrugada desta quarta-feira (30) afetou ainda mais o cultivo de milho safrinha em todos os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Plantações de laranja e café também foram atingidas.

Em algumas localidades, a temperatura chegou a dois graus negativos, com sensação térmica de menos 10. Em Carlópolis, principal município produtor do Paraná, cafezais em período de colheita ficaram com as folhas queimadas, segundo a cooperativa Cocamar.

Segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) foram registradas temperaturas negativas, durante a madrugada, no sul e na região Oeste. Em Cascavel, houve registro de - 1.2ºC.  Em Bela Vista do Paraíso, no Norte do Estado, houve geada.

Em Marechal Candido Rondon/PR, região que também foi atingida pela geada na madrugada anterior, as preocupações com o milho safrinha só aumentam. Segundo a produtora Camila Danielle Nichtervitz, a geada foi mais ainda mais forte nesta madrugada.

Em Paiçandu, município vizinho a Maringá, o milho do produtor paranaense João Bologuese foi bastante atingido. Em Ivatuba, o cooperado Angelo Celestino também relata danos que teriam ocorrido nas noites de 29 e 30. Ainda não é possível cravar a intensidade das perdas.

O engenheiro agrônomo Rafael Furlanetto, gerente técnico da cooperativa, explica que ainda não é possível avaliar a extensão de possíveis perdas no milho: “Ainda é cedo para sabermos, em uma semana teremos uma informação mais precisa”, diz, mas não há dúvida: o impacto do frio deve reduzir ainda mais o tamanho da safra. 

“A partir de amanhã os frutos congelados de laranja começam a cair. A geada foi mais forte em áreas de baixadas, atingindo também brotações”, afirma a engenheira agrônoma Amanda Caroline Zito, coordenadora de citricultura e café da Cocamar.

As pastagens, especialmente no noroeste do Paraná, que já vinham mal por causa da falta de chuvas, ficaram recobertas por uma camada de gelo, trazendo ainda mais preocupação aos pecuaristas.

Foto de capa: Divulgação/Cocamar


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