Aneel apresenta ações para garantir suprimento de energia

16/06/2021 às 14:00 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou as principais ações que estão sendo tomadas para garantir a segurança do suprimento de energia elétrica este ano. As medidas foram apresentadas em audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, na última terça-feira (15), tendo em vista a piora do cenário hídrico, que reduz a oferta de energia das usinas hidrelétricas.

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, falou aos deputados sobre as ações a serem tomadas. 

“Aliado aos esforços do Governo Federal, a ANEEL está agindo em diversas frentes. Pelo lado da oferta de energia, estamos pedindo, via ofício, a antecipação da entrega de obras de transmissão e geração de energia. Pelo lado da demanda, estamos estruturando campanha nacional de comunicação para incentivar o uso racional da água e da energia elétrica. Além disso, preparamos medidas para incentivar o consumo industrial fora do horário de pico, isso tudo feito de forma voluntária, sem imposições à indústria", afirmou.

A Aneel enviou documentos às usinas termelétricas movidas a combustíveis líquidos recomendando que garantam estoques de óleo para estar com a máxima disponibilidade para produzir energia.

Durante sua apresentação na Câmara, Pepitone destacou que, entre o fim de 2020 e o início de 2021, o Sistema Integrado Nacional (SIN) passou pelo pior período de chuvas dos últimos 91 anos.

O diretor-geral da Aneel também pontuou que o sistema elétrico brasileiro, hoje, é muito mais robusto do que em 2001. Na última década, entraram em operação anualmente, aproximadamente, 6,4 mil Mega Watts, fazendo que, atualmente, o país disponha de 175,8 mil MW instalado.

A matriz elétrica, não só foi ampliada, como também foi diversificada, com menos dependência das hidrelétricas. Em 2006, as usinas hídricas respondiam por 85,4% da capacidade total de geração de energia, na época de 89 mil MW.

Em 2021, esse número caiu para 62,4%. Na mesma base de comparação, a participação das usinas termelétricas subiu, de 14,6% para 25,5%. A fonte eólica, insignificante em 2006, hoje é responsável por 10,4% da produção de energia.

Em meio ao cenário de crise hídrica, a ANEEL está atuando junto com o governo federal. No início do mês, a Agência criou o Gabinete de Acompanhamento das Condições do Sistema Interligado Nacional, a fim de monitorar a situação do sistema e apoiar a implementação das medidas deliberadas no âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

No início de maio, o CMSE autorizou o despachamento todos os recursos de geração termelétrica fora da ordem de mérito e instituiu Grupo Técnico para acompanhamento permanente da situação do suprimento de energia.

 
Com informações da Aneel / Foto: Alan Santos Agência Brasil


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