Mapa lança coletânea de fatores nacionais para emissão e remoção de gases do efeito estufa

Modelo de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) permite mitigar ou até neutralizar as emissões de gases de efeito estufa quando há presença de árvores.

12/04/2021 às 17:54 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou uma pesquisa na sexta-feira (9) sobre os fatores de emissão e remoção de Gases de Efeito Estufa (GEE) na pecuária e agricultura nacionais.

A ministra da pasta, Tereza Cristina, afirma ao lembrar das importantes agendas climáticas internacionais que devem ser realizadas ao longo do ano: “Ampliamos a disponibilidade de dados sobre os sistemas nacionais que levam efetivamente em conta as especificidades edafoclimáticas do Brasil, a partir de metodologias científicas e aceitas internacionalmente”.

A Diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Mariane Crespolini, esclareceu que no último Inventário Nacional entregue pelo Brasil em 2020, a agropecuária utilizou fatores próprios de emissão (Tier 2).

“Esses dados são fundamentais para quantificar mais precisamente as emissões nacionais, permitindo disponibilizar informações adequadas à sociedade, e, sobretudo, direcionar adequadamente o desenho da política setorial nacional de enfrentamento à mudança do clima”, defendeu.

É possível  encontrar nas coletâneas, pesquisas sobre os fatores de emissão e remoção do GEE para a cana-de-açúcar, grãos, sistemas integrados de produção e florestas plantadas; pequenos e grandes ruminantes e não ruminantes (suinocultura, frango de corte e piscicultura em tanque-rede).

Liderando o pódio da exportação bovina, o País apresentou transformações importantes nas últimas duas décadas com a redução expressiva das emissões de GEE totais por quilo de carne ou litro de leite, considerando sempre o ambiente em que o animal é criado, e não só a emissão de gases decorrentes do processo de mastigação.

O  modelo de Integração Lavoura-pecuária-floresta (ILPF) permite mitigar ou até neutralizar as emissões de gases de efeito estufa quando há, a presença de árvores, tornando o processo ainda mais sustentável, por meio do melhoramento genético e manejo adequado de pastagens como estratégias, por exemplo.

Desta maneira, é possível realizar a comercialização de uma carne com o selo carbono neutro, atestando que os animais que originaram o produto tiveram emissões de metano entérico compensadas durante o processo de crescimento de árvores no sistema de integração LPF.

 

Com informações do Mapa


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