O projeto Guapiaçu está recuperando 260 hectares de vegetação com espécies como jequitibá-rosa, jacarandá-da-bahia e cedro-rosa. A iniciativa tem apoio da Petrobras e do Governo Federal. Desde 2020 a nova fase da iniciativa expande além dos limites da Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), em Cachoeiras de Macacu (RJ). Ações de restauração ecológica começaram a ser feitas em propriedades rurais privadas.
Até o fim de 2021, o projeto vai contemplar 61,4 hectares de áreas particulares. De acordo com a coordenadora executiva do projeto, Gabriel Viana, os benefícios da recuperação de áreas de pastagens pouco utilizadas são maiores do que a sua não utilização. Ela reitera que o reflorestamento gera muitos serviços ambientais como água em quantidade e qualidade, sombra e melhoria do ar.
“Nós entendemos que o nosso grande desafio agora é mostrar para os proprietários que, ao disponibilizar pequenas áreas para recuperação em beira de rio ou alguma nascente, eles também terão benefícios. Não é só o meio ambiente que terá benefícios”, disse Gabriela.
O projeto está firmando acordos de cooperação com pessoas físicas e jurídicas proprietárias de terras vizinhas à reserva.
A engenheira florestal do projeto, Aline Damasceno afirma que o objetivo destas parcerias é facilitar a ligação de fragmentos florestais maduros e, claro, valorizar e melhorar os recursos naturais e a água.
“A conexão por meio dos corredores é ainda muito importante para a biodiversidade de fauna e flora que precisa da troca de material genético”, explica.
Os terrenos de proprietários parceiros, como por exemplo o Instituto Vital Brazil, já começaram a receber as mudas de espécies de Mata Atlântica. A escolha das propriedades é feita com base no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
A primeira fase a iniciativa ocorreu entre 2013 e 2015, na alta bacia do Rio Guapiaçu. O local espaço foi transformado, com o plantio de 180 mil mudas de 210 espécies nativas em uma área de 100 hectares.
Entre 2017 e 2019 foram restaurados mais 60 hectares. A mais recente etapa do processo teve início em 2020 com a recuperação da vegetação de outros 100 hectares, beneficiados com mais 130 mil plantas cultivadas.
Com informações Agência Brasil
Foto de capa: Divulgação/PlantVerd