No início deste mês, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), indicava que os preços do café ultrapassavam de R$ 748 a saca. Um novo recorde nominal da série histórica do indicador, para o café arábica, iniciada em 1996. A alta foi reflexo de uma reação no mercado mundial, com a constatação de queda de safra no Brasil e em outros países produtores e também a demanda firme do dólar. Sobre o assunto, o corretor de café, Fernando Souza Barros conversou com Valter Puga Junior. A entrevista foi exibida no programa Agricultura BR, do Canal do Boi de sexta-feira (5).
“Esses preços começaram a corrigir um pouco, porque saíram da casa dos R$ 600 a R$ 650 e subiram para R$ 700 a R$ 740, alguns negócios até a R$ 800 ou até um pouco mais. Por outro lado nós vemos também uma alta nos custos de produção, adubo, insumos e combustível. Se colocar em uma planilha o custo de produção para 2022, vai ver que os custos vão ser bem mais altos, uma correção por enquanto ainda pequena, em função do tamanho da perda que nós vamos ter no café”, explica o corretor.
De acordo com Souza Barros, o cenário não diferente para os preços do café robusta, que também já avançam desde fevereiro. Os preços sobem e não compensam as perdas de produção que o cafeicultor teve por conta de poucas chuvas e temperaturas altas, somada a bienalidade negativa da cultura em 2021.
Confira a entrevista ao jornalista do Canal do Boi.
Foto de capa: Wenderson Araujo