Especialista aponta falhas em manutenção de pastagem

Pesquisador aponta excesso de animais e falta de adubação como causas de perdas

13/01/2021 às 10:05 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
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O excesso de lotação de animais nas áreas de pastagens pode ocasionar prejuízos, com queda de ganho de peso a pecuaristas, no surgimento de um problema conhecido por “pastos rapados”. A degradação de áreas ocorre, consequentemente, com a repetição do problema.  Dados da Embrapa mostram que cerca de 80% das pastagens brasileiras estão com excesso de lotação de animais.

O pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Ademir Hugo Zimmer, explicou à repórter Kaile Rodrigues, do Canal do Boi, que o produtor rural tem “tendência de avaliar a produção pelo tamanho do rebanho”, o que, segundo ele, estaria errado porque o rebanho pode ser grande, porém ineficiente e pouco lucrativo. 

Rebanhos menores proporcionam lucratividade maior. “O produtor não deve se empolgar porque a pastagem de primeiro ano sempre vai bem. Isso é regra. O importante a se fazer para que a degradação não ocorra é fazer, periodicamente, a adubação de manutenção em superfície e manejar bem a pastagem”, disse.

Em um experimento feito na unidade de Campo Grande (MS) foram usados R$ 1,2 mil a mais por hectare/ano no manejo a 30% de pastagem, computando o ganho de peso por animal, do que no manejo a quinze centímetros.

Zimmer afirma que a manutenção de pastagem exige investimento, mas com retorno mais garantido mesmo com a diminuição da quantidade de animais no espaço.


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