Safra de café 2020 deve atingir produção recorde com 63,08 milhões de sacas

Levantamento da Conab aponta uma área colhida de 1,88 milhão de hectares

18/12/2020 às 08:20 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A safra de café brasileira encerra-se estimada em um patamar de superprodução, com 63,08 milhões de sacas beneficiadas de café arábica e conilon, a maior da história, aponta o 4º levantamento da safra de café 2020, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O crescimento representa 27,9% sobre a colheita de 2019 e de 2,3% frente o recorde anterior, de 2018 (61,7 milhões de sacas). A área colhida aumentou 3,9%, situando-se em 1,88 milhão de hectares.

Além da bienalidade positiva do arábica, o clima também contribuiu para o desenvolvimento das lavouras, sobretudo do arábica. A produção deste grão superou a de 2018, chegando a 48,77 milhões de sacas. Em comparação com 2019, o aumento é de 42,2%.

O conilon, com produção estimada em 14,31 milhões de sacas, não teve o mesmo desempenho. Esse volume é 4,7% menor que o obtido na safra anterior, o que pode ser atribuído às poucas chuvas nas regiões produtoras do Espírito Santo, principal ofertante da variedade.

Estados
O maior produtor de café é Minas Gerais, com 34,65 milhões de sacas e crescimento de 41,1% no comparativo com 2019, devido, principalmente, ao arábica que responde por mais de 90% do café do estado. 

O Espírito Santo, em segundo lugar, produziu neste ano 13,96 milhões de sacas, com redução de 12,41%. Das lavouras capixabas, saíram 9,19 milhões de sacas de conilon e 4,77 milhões de sacas de arábica. 

São Paulo vem em seguida, com 6,18 milhões de sacas e aumento de 42,4%. A Bahia também obteve aumento expressivo, de 32,9%, alcançando 3,99 milhões de sacas. Rondônia produziu 2,44 milhões de sacas, crescimento de 11,2%. 

Outros estados, com menor expressividade na produção total, são Rio de Janeiro e Mato Grosso, onde a safra deste ano aumentou 51,4% e 30,5%, respectivamente. Paraná e Goiás registraram quedas respectivas de 1,2% e 0,6%.

Mercado
Em novembro, as exportações brasileiras de café foram recordes. O aumento foi de 32% sobre o mesmo mês de 2019, com o embarque de 4,3 milhões de sacas (60 kg), considerando-se a somatória de café verde, solúvel e torrado/moído. De julho a novembro, foram 19,8 milhões de sacas, o que representa aumento de 15% sobre 2019.

Segundo a Conab, com o dólar valorizado, o café brasileiro se tornou ainda mais competitivo no mercado internacional e as vendas antecipadas ganharam ritmo. Levantamentos da entidade indicam que, em novembro, cerca de 74% da produção da safra 2020/21 se encontrava comercializada, enquanto que em igual período de 2019 e na média dos últimos cinco anos, essas porcentagens eram de, respectivamente, 71% e 69%.

Confira por aqui mais informações sobre o levantamento.

 

Informações por Conab


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