Durante Seminário Ministra da Agricultura de Portugal defende aprovação de acordo Mercosul-UE

12/10/2020 às 17:22 atualizado por Douglas Ferreira - SBA | Siga-nos no Google News
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Ministras da Agricultura, Tereza Cristina e Maria do Céu durante Seminário Portugal-Brasil
Foto: Nuno Antão

Durante o Seminário Portugal-Brasil: Oportunidades de Negócio no Setor Agroalimentar, que ocorreu em Lisboa na manhã desta segunda-feira (12), a ministra da Agricultura de Portugal, Maria do Céu Antunes, disse que o país apoia o Acordo Mercosul-União Europeia desde o primeiro momento. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Conforme Maria do Céu, o acordo melhora os negócios entre os países do bloco, com a maior previsibilidade e transparência de regras, o acordo vai permitir o desenvolvimento sustentável.

A Ministra do Mapa, Tereza Cristina também defendeu a aprovação do acordo Mercosul-União Europeia. Ela citou os ganhos para os dois blocos, como melhores condições econômicas, qualidade de vida para os cidadãos, geração de emprego e renda, fortalecimento da preservação ambiental e redução das emissões de gases de efeito estufa.

“É preciso dizer que o acordo não representa qualquer ameaça ao meio ambiente, à saúde humana e aos direitos sociais. Ao contrário, reforça compromissos multilaterais e agrega as melhores práticas na matéria”.

Tereza Cristina disse contar com apoio de Portugal para o acordo avançar. “Esperamos, portanto, que as vozes mal-intencionadas que atacam o acordo não prevaleçam sobre nosso interesse mútuo de promoção do desenvolvimento sustentável. Contamos com o apoio do povo português para que nosso acordo entre em vigor no menor prazo possível”.

Em relação a agropecuária brasileira, a ministra Tereza Cristina evidenciou dados da evolução da produtividade e sustentabilidade atividade nos últimos anos, entre eles que a produção de grãos cresceu 425% desde a década de 70, enquanto que a área plantada aumentou somente 43%. Com isso, cerca de 123,7 milhões de hectares de território brasileiro deixaram de ser usados pela atividade agrícola (efeito poupa-terra).

Além disso, o Brasil utiliza apenas 30% de seu território para a agropecuária, mantendo mais de 60% com vegetação nativa. “Estima-se que cerca de 25% da área preservada se encontre em propriedades privadas, algo sem paralelo em outros países, pois se trata de terreno que o proprietário não recebe para preservar. É apenas uma obrigação legal”, afirmou, acrescentando que o Código Florestal prevê que 20% a 80% da vegetação nativa das propriedades rurais devem ser preservadas, dependendo do bioma.


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