Asumas destaca bom momento para atividade no Dia da Suinocultora

Nos próximos dois anos previsão é que número de matrizes produtivas aumente no MS

24/07/2020 às 14:47 atualizado por Douglas Ferreira - SBA | Siga-nos no Google News
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O suinocultor de MS tem bons motivos para celebrar o Dia do Suinocultor, comemorado hoje, 24 de julho. A afirmação é do vice-presidente da Associação Sul-Mato Grossense de Suinocultores (Asumas) e Coordenador da Câmara Setorial de Suinocultura em Mato Grosso do Sul (MS), Celso Philippi Júnior. 

“Nós temos hoje um preço pago ao produtor independente, muito bom, justo, haja vista que passamos por maus momentos no passado. A produção de suínos viveu um momento muito difícil e alguns não aguentaram as diligências do mercado. Podemos assegurar que o suinocultor do MS é remunerado de maneira equilibrada. É um ano ímpar para atividade. A gente tem visto a economia se derretendo em muitos setores, mas a suinocultura, assim como grande parte do agronegócio vem passando por um momento importante”, destacou. 

Em relação ao número de matrizes, MS é o sexto maior produtor do Brasil. Em abates, o sétimo. “A diferença ocorre porque boa parte do suíno no MS é abatido em outros estados, principalmente, São Paulo”.

Para os próximos dois anos, a previsão é que o número de matrizes produtivas do estado aumente para 110 mil cabeças. Hoje, conta com 82 mil. 
Os suinocultores de MS estão subdividos em categorias de produtores de leitões, crechários, terminações e produtores de ciclo completo, totalizando 230 criadores.

Suinocultura no Brasil

De acordo com levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - unidade de Aves e Suínos - os custos mensais de produção registraram, pela primeira vez, baixas em 2020. As altas mensais eram apontadas desde outubro de 2019. Em Santa Catarina, por exemplo, o ciclo completo teve retração de R$ 4,64 em maio, para R$ 4,62 em junho.
Segundo Philippi Júnior, o Brasil se tornou um grande player no mercado internacional desde o ano 2000, quando abriu o mercado para Rússia.
“Esses 20 anos foram de amadurecimento. Os produtores tiveram que se adequar aos novos mercados, que são muito exigentes, assim como a próprio demanda doméstica”.
Cerca de 90% das exportações da proteína, são provenientes dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que são livres de aftosa sem vacinação.

Mercado

Nesta quinta-feira (23), o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou que, após as cotações do animal vivo registrarem desvalorizações entre março e abril, os valores registraram recuperação no mês de julho, nas praças acompanhadas pelo indicador.
A reabertura parcial do comércio tem favorecido o mercado, tendo em vista que a procura pela proteína aumenta. Ainda conforme Cepea, as exportações brasileiras da proteína seguem com desempenho positivo, o que tem limitado ainda mais a disponibilidade doméstica.


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