Governo adia retirada da vacinação contra febre aftosa do bloco IV do PNEFA

Bloco integra Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal

20/07/2020 às 11:58 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), adiou a retirada da vacina contra a febre aftosa prevista para 2021, com a justificativa de que em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o andamento das ações e medidas que estavam em execução nos estados teriam sofrido prejuízos.

A informação foi repassada na última quarta-feira (15), pelo diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Geraldo Moraes, durante videoconferência que reuniu representantes dos Serviços Veterinários Oficiais e da iniciativa privada dos dez Estados que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (2017-2026) – PNEFA.

O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Iagro, tem posição contrária ao adiamento e defende a proposta inicial do Mapa, de retirada da vacinação no segundo semestre de 2021.

O Estado faz parte do Bloco IV, que é integrado também por Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal e, que através do Diretor presidente da Iagro, Daniel Ingold, reafirmou o posicionamento favorável de Mato Grosso do Sul à manutenção do calendário de retirada da vacina em 2021.

Ingold, assim como o titular da Semagro e Presidente do Comitê, Secretário Jaime Verruck, acredita que o Estado tem todas as condições de dar continuidade as ações do plano. “Mesmo com a situação da pandemia nosso grupo gestor vinha mantendo o cronograma e avançando nas ações que levarão a mudança de status para ‘livre de aftosa sem vacinação’. A mudança é uma condição aguardada com grande expectativa pelos produtores, que parceiros, vem cumprindo com o que lhe é demandado”. Comentou.

Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa foi planejado para ser executado em dez anos

Na Avaliação de Verruck, Mato Grosso do Sul, teve uma evolução significativa dentro de todas as metas e ações estabelecidas, desde a última auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o que oferecia confiança e segurança para continuar com a meta de retirada da vacina no próximo ano.

Reforçando a condição propicia para que o calendário não sofresse alterações, Verruck lembra os avanços no setor de tecnologia da informação citando importantes ações, como: o recadastramento de propriedades e estoque (baseado no CAR) que deixa clara a interação das instituições e todo sistema de inteligência; os avanços no setor de infraestrutura, fatores estruturantes (capacitação, aquisição de veículos), a implementação do rastreamento de veículos e rastreamento de cargas e bovinos.

A reunião virtual de quarta-feira contou com dois representantes de cada um dos Estados do Bloco IV, dirigentes e técnicos do Ministério da Agricultura, além de representantes das Federações de cada Estado.

PNEFA
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”. Foi delineado para ser executado em um período de 10 anos, iniciando em 2017 e encerrando em 2026.

Está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul.

Um dos seus objetivos é a substituição gradual da vacinação contra a febre aftosa, em todo o território brasileiro, que implica na adoção de diversas ações a serem desenvolvidas em âmbito municipal, estadual e nacional, com o envolvimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO), setor privado, produtores rurais e agentes políticos.

 

Informações por Semagro


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