Exportação brasileira de Carne Angus Certificada cresce com foco na China

Foram exportadas pelo Brasil 193,4 toneladas de carne Angus em quatro meses

10/06/2020 às 15:46 atualizado por Assessoria - | Siga-nos no Google News
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Em meio à pandemia, a China vem prospectando negócios e fechando compras constantes de Carne Angus Certificada do Brasil. Nos primeiros quatro meses de 2020, foram exportadas 193,4 toneladas de carne angus, 66,5% do volume embarcado em todo o ano de 2019 (290,5 t) e alta de 73,8% em relação ao acumulado até abril, de acordo com dados da Associação Brasileira de Angus.

A China abocanhou mais da metade desse total, adquirindo 102 toneladas. A expectativa, informa a gerente Nacional do Programa Carne Angus Certificada, Ana Doralina Menezes, é manter os embarques no segundo semestre. “Se o mercado chinês mantiver as compras nesse patamar, é possível que fechemos o ano perto do recorde da raça”, projeta, lembrando que, em 2017, a Angus atingiu exportação de 406 toneladas.

O resultado de vendas, segundo a gerente Nacional do Programa Carne Angus Certificada, demonstra a força que o Brasil vem conquistando, não apenas como exportador de carne commodity, mas também no nicho gourmet. “A carne Angus brasileira já é referência internacional e foi exportada para mercados exigentes como a Alemanha e Emirados Árabes. Recentemente, abrimos mercado nas Bermudas”, informa. Os embarques ainda vêm ocorrendo para o Líbano, Catar e Singapura.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, as exportações brasileiras de carne bovina devem superar, em 2020, o recorde de 7,6 bilhões de dólares registrado no ano passado, mesmo diante da crise do coronavírus. 

“Representam uma boa notícia ao mercado nacional”, frisou. Para o presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, novos mercados “confirmam a excelência da carne Angus do Brasil, uma produção que desponta por sabor, grau de marmoreio e, acima de tudo, sustentabilidade”. 

Segundo ele, o selo Angus Sustentabilidade, lançado em 2019, deve ajudar a abrir mercados para os cortes brasileiros, uma vez que atesta processos e a responsabilidade dos criadores dentro das fazendas. “Agora, além de acompanhar o abate no frigorífico, também estamos no campo ao lado do pecuarista orientando e verificando as condições de trabalho, emprego e bem-estar animal. Isso é o que o mercado internacional busca. Isso é o que a Angus do Brasil tem a oferecer”.
 

Foto de capa por Cleber Davidson


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