Abate de bovinos foi menor no 1º trimestre de 2020

10/06/2020 às 11:54 atualizado por Fabiano Reis - Canal do Boi | Siga-nos no Google News
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O país registrou o abate 7,25 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no primeiro trimestre, queda de 8,5% ante os três primeiros meses de 2019.

Este foi o destaque do levantamento apresentado na manhã de hoje pelos resultados das pesquisas trimestrais do abate de animais, do leite, do couro e da produção de ovos de galinha, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente aos três primeiros meses do ano. Muito bem. Antes de qualquer um afirmar por aí "foram os efeitos do covid-19", esqueçam, não de maneira direta.

Os motivos para redução no abate são muito mais entranhados na cadeia produtiva. Ao trazer o contexto da pecuária brasileira o leitor do portal do Canal do Boi deve resgatar as ofertas de preços pelo gado pronto no brasil, em especial no centro-oeste do país.

Somada ao descrito, devemos sublinhar as condições climáticas. O ano de 2020 é sem influência de La ninã e El ninõ, os resultados disso no campo o produtor rural sabe muito bem. Forte estiagem, dificuldades na pastagem e, somado aos preços mais altos do milho, derivados de soja e, principalmente, do gado de reposição a coisa ficou mais complicada.

Neste cenário, como comprovação de uma curva negativa por menor oferta e não, exatamente, por Covid-19, merece destaque o peso das carcaça, forte redução de 6% comparado ao mesmo período do ano passado e queda de 12,2% comparado ao 4ºtri/20.

Conforme o IBGE, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a queda no abate de bovinos foi puxada por reduções em 20 dos 27 estados. As reduções mais significativas ocorreram em Goiás (-157,68 mil cabeças), Mato Grosso (-120,70 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-90,56 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-65,49 mil cabeças), Tocantins (-56,09 mil cabeças), Pará (-48,65 mil cabeças), São Paulo (-47,15 mil cabeças), Bahia (-45,36 mil cabeças), Rondônia (-22,18 mil cabeças) e Maranhão (-9,82 mil cabeças). Houve altas em Santa Catarina (+15,26 mil cabeças) e Acre (+8,35 mil cabeças). 


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