CNA analisa economia e setor agropecuário em meio à pandemia

Tema foi debatido em congresso virtual nesta semana

05/06/2020 às 13:06 atualizado por CNA - | Siga-nos no Google News
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Na última quarta-feira (03), foi realizado o Congresso Web 2020, promovido pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) na quarta-feira (03), que contou com a participação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A entidade foi representada pelo coordenador do Núcleo Econômico, Renato Conchon, que fez uma apresentação sobre o tema “Como ficam economia, câmbio e juros em meio à pandemia, e os instrumentos e operações de hedge disponíveis no mercado financeiro”.

Conchon falou sobre a disseminação da Covid-19 no mundo, medidas econômicas adotadas, a queda na atividade econômica nos Estados Unidos, Europa e China e projeções.

“A percepção majoritária é de que a atividade econômica será muito prejudicada por dois a três trimestres, com uma queda entre 4,6% e 5%. Ficará por um tempo curto no fundo do poço e depois começará a retomada no primeiro trimestre de 2021. É uma recessão muito severa e isso vai trazer impactos para toda a economia global”, disse.

No cenário doméstico, o coordenador do Núcleo Econômico da CNA tratou de temas como a menor velocidade no achatamento da curva do Coronavírus no Brasil, índice de confiança dos agentes e a piora no mercado de trabalho. Ele também apresentou o quadro fiscal que amplia o risco relativo do Brasil e os impactos provocados no câmbio.

“As turbulências políticas podem impedir o avanço de reformas essenciais, o que evidência uma volta à normalidade mais lenta que em outros países. Os impactos negativos no segundo trimestre deverão ser ainda mais intensos e a dificuldade em achatar a curva de contaminação deverá ampliar o prazo das medidas de distanciamento, impactando a economia”, afirmou.

O economista da CNA também mostrou como as indústrias de alimentos, processadoras e exportadoras podem fixar o preço da matéria prima antecipadamente e reduzir incertezas no fluxo de caixa durante a produção por meio de hedge de compra.

“Estamos fazendo um bom trabalho. Basta ver o PIB, onde ganhamos participação. Em 2019, 21,9% do PIB total era agronegócio. A nossa estimativa é que esse número suba para 23,4% em 2020. Estamos falando de um quarto da economia que faz o Brasil girar. Fica a responsabilidade de nos profissionalizarmos e estarmos preparados para um mundo globalizado, que exige de nós novos desafios”, declarou Conchon.


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