O preço do leite pago ao produtor no mês de março (referente ao volume captado em fevereiro) apontou elevação de de 1,4% em relação ao mês anterior, chegando a R$ 1,4376/litro na “Média Brasil” líquida, de acordo com pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O aumento nos valores do leite no campo vem sendo registrado desde dezembro do ano passado e está relacionado à concorrência entre laticínios para garantir a compra de matéria-prima num contexto de oferta limitada.
O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do indicador se retraiu em 4,35% na “Média Brasil” de janeiro para fevereiro e acumula baixa de 7,9% neste ano. A menor disponibilidade de leite, no que seria o período sazonal de safra ocorre principalmente, à variação climática. Outro ponto, alguns fatores também têm desestimulado o aumento da produção no campo, como a alta nos valores do concentrado (puxada pela constante valorização dos grãos) e o maior abate de vacas leiteiras, em decorrência à alta dos preços no mercado de pecuária de corte.
É improtante ressaltar, ainda, as dificuldades em anos anteriores, que comprometeram os investimentos de longo prazo na produção leiteira, limitando o atual potencial de crescimento da atividade.
CORONAVÍRUS
As recomendações de isolamento e a necessidade de menor circulação geraram incertezas nos consumidores em relação da manutenção do abastecimento. Diante disso, redes atacadistas e varejistas intensificaram a procura por derivados em março, em especial do leite UHT. De 2 (segunda-feira) a 27 (sexta-feira) de março, o preço nominal do leite UHT recebido pelas indústrias em negociações no estado de São Paulo saltou 24,7%.
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Com informações/gráfico Cepea