Consumo de carne deve permanecer estável durante pandemia da Covid-19

Diminuição no número de abates reduzirá estoque e aumentará preço da carne nos próximos meses

25/03/2020 às 15:20 atualizado por Vinicius Souza - SBA | Siga-nos no Google News
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A Pandemia do Covid-19 está gerando impactos na população e causa preocupações nos mais diversos setores, entre eles o agronegócio. O Brasil é um país de alta capacidade agrícola e se destaca por sua vasta variabilidade produtiva, seja na agricultura ou pecuária.

Em contrapartida, o cenário antes positivo e de expectativas crescentes, passa por um momento de cautela ocasionado pelo coronavírus. Cercado de incertezas, o mercado permanece firme em suas atividades, porém reflexos já começam a ser notados, como por exemplo o valor mais baixo pelo qual os frigoríficos estariam oferecendo pelo gado, atitude que retraiu as vendas dos pecuaristas em regiões do Brasil, como explica o consultor em pecuária Caio Rossato  “Muita gente está restringindo as vendas, já existem frigorificos comprando num patamar  mais elevado, e mesmo assim o produtor não está vendendo os animais, é uma precaução que o pecuarista e os frigoríficos precisam ter” Relata.

Caio Rossato
Foto: Divulgação

O consultor ainda enfatizou que não tem como existir uma visão positiva desse cenário, levando em conta o estado viral que o a Covid-19 pode atingir, mas afirma que o consumo de carne deve permanecer estável. “Conforme estamos observando, muitas plantas estão diminuindo a capacidade de abate, deram férias coletiva e isso pode fazer com que lá na frente falte um pouco de estoque e que o preço da carne suba um pouco”, comenta.

Quanto as exportações, Rossato acredita que é necessário aguardar os posicionamentos das relações internacionais para que possam entender como o cenário irá se comportar e que a dependência basicamente hoje é do varejo.


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