Cotações do boi gordo e da vaca gorda registram valorização semanal

Mercado tem relatado oferta restrita de animais para abate

17/03/2020 às 12:04 atualizado por Douglas Ferreira - SBA | Siga-nos no Google News
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Segundo informações do Imea, desde fevereiro de 2020 o mercado tem relatado oferta restrita de animais para abate e dados divulgados pelo Indea-MT confirmaram este cenário. Isso ocorre pela quantidade de animais abatidos no mês reduziu 11,22% em comparação com janeiro de 2020, totalizando 413,85 mil bovinos. Quando se separa a análise entre machos e fêmeas, observa-se que a queda mensal foi mais intensa na primeira categoria, uma vez que decaiu 15,51%, enquanto de vacas o abate recuou 6,65%, valores de 203,21 mil cabeças e 210,64 mil cabeças, respectivamente.

O abate mais expressivo de machos foi impactado, principalmente, pelo menor envio de animais entre 12 e 24 meses, que registrou decréscimo de 24,06% ante o mês anterior. Vale ressaltar que quando se comparam os resultados de fevereiro deste ano ante os do mesmo período de 2019, verifica-se que o abate está superior em 1,26%. Contudo, este valor só não foi maior dado que o abate de animais acima de 36 meses recuou 14,13% no caso das fêmeas e 24,32% no caso dos machos.

As cotações do boi e da vaca gorda fecharam em R$ 185,08/@ e R$ 174,54/@ na semana passada, registrando valorização semanal de 1,08% e 0,88%, respectivamente. Na balança da oferta e demanda, a baixa disponibilidade de animais tem pesado mais, o que justifica, mesmo que leve, o aumento das cotações.

Na semana passada, o bezerro de ano ficou cotado a R$ 1.644,85/cab., apresentando leve elevação de 1,04% no comparativo semanal. Esse cenário foi pautado pela maior procura por bezerro desmama nesta época, porém poucos negócios foram efetivados.

Com a dificuldade de compra, as escalas de abates caíram 0,28 dia no comparativo semanal, ficando na média de 6,30 dias. O mercado futuro tem sido impactado pelas incertezas da demanda chinesa, devido à pandemia do coronavírus. Com isso, os preços para maio deste ano recuaram 4,87% se comparado a semana passada.


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