No quarto dia de valorização seguida, o dólar rondou o patamar dos R$ 4,40 fechando aos R$ 4,392 nesta quinta-feira, com alta de 0,59% no dia, registrando uma nova máxima histórica. O recorde nominal, que não considera a inflação, representa um avanço de 2,09% para a divisa nos últimos quatro pregões. No acumulado de 2020, a valorização da moeda norte-americana frente ao real brasileiro chega a 9,44%.
Sem atuação do Banco Central no mercado de câmbio esta semana, o câmbio segue influenciado polo movimento externo, acompanhando o mau humor nos mercados que continua tendo no radar o coronavírus (Covid – 19), que começou na China no fim de 2019 e já se espalhou por quase 30 países. Na quarta-feira (19), o Irã anunciou a morte de duas pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
Mesmo com a queda no registro de novas infecções, o mercado reagiu negativamente à notícia de que o vírus pode se espalhar mais facilmente do que se pensava até então. Internamente, o atraso das reformas econômicas e os juros baixos (aos 4,25% ao ano), são apontados como fatores de pressão no câmbio.
No último Relatório Focus do Banco Central, divulgado na segunda-feira, analistas mantiveram a projeção para um dólar aos R$ 4,10 no final do ano elevando a divisa para R$ 4,11 no fim de 2021.