Cresce 4,6% o número de registros da raça no Rio Grande do Sul

Quando se fala em alta produtividade leiteira e fácil manejo, certamente a primeira que nos vem em mente é a raça holandesa, raça essa que mais impactou na produção de leite ao longo da nossa história.

22/01/2020 às 12:35 atualizado por Anelise Nicolodi - SBA | Siga-nos no Google News
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O gado Holandês é sinônimo de lucratividade e eficiência produtiva, nesses tempos de margem de lucro apertada e alta competitividade no mercado, os sistemas intensivos de produção estão cada vez mais predominantes na realidade brasileira, e com essa nova demanda, mais que nunca é importante entender e adaptar as nossas fazendas para animais com genética de ponta e produção sustentável, e quando levamos em conta esses fatores, o holandês ainda é a raça de escolha para a bovinocultura leiteira.

No Rio Grande do sul a raça é a que mais registrou animais nos últimos anos. Segundo  A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Estado (Gadolando) em 2019 foram 7,21 mil animais registrados, um aumento de 4,6% em relação à 2018. O registro individual permite a classificação morfológica da vaca, apontando os seus pontos fortes e fracos para serem usados nos acasalamentos corretivos, além do controle leiteiro oficial.

Esta ferramenta oferece informações importantes sobre o seu rebanho como produção de gordura no leite, tipos de proteína e quantidade de células somáticas. Essas células podem indicar maior ou menor tendência à mastite, uma das principais doenças dos rebanhos leiteiros que impacta na produção e qualidade do leite.

Se o número de animais registrados ainda não é o que a Gadolando almeja, o número de novos sócios foi altamente positivo e deve ser comemorado, afirma o presidente da entidade, Marcos Tang. “Tivemos o acréscimo de 23 novas propriedades que passaram a registrar os seus animais”, destaca, lembrando que os principais sócios são da agricultura familiar. A meta da entidade é trabalhar com uma média de 10 mil registros por ano.

Conforme o dirigente, as novas propriedades que registraram o seu gado leiteiro (animais adultos e nascimentos) são uma conquista da entidade junto aos seus funcionários e corpo técnico. Lembra que o ato de registrar valoriza o gado e neste ponto a Gadolando tem uma pauta que é nacional e internacional, uma vez que está se falando em abertura de mercado para o leite. “Quando se fala em qualidade, em exportação, aborda-se também as normativas, então é preciso trabalhar o indivíduo vaca, e é exatamente isso que a nossa entidade faz”, observa.

Ao fornecer o registro individual, a associação permite que o produtor conheça o seu rebanho e para isso disponibiliza aplicativos, como o programa Web + Leite, que ajudam na seleção do gado. “Isso vai trabalhar a favor de um acasalamento correto, tanto de tipo quanto de produção e de qualidade do leite, assim como também muitas vezes é preciso fazer o descarte seletivo. A vaca que tem um controle individual ruim para a sua morfologia, baixa produção, um leite com pouco sólido ou muitas células somáticas, não deve ser reproduzida e, por isto, às vezes, é necessário fazer o descarte seletivo desta matriz, sob pena de estragar a qualidade do leite no resto do tanque”, informa Tang.

O site da Gadolando (www.gadolando.com.br) traz todas as informações sobre como proceder para fazer o registro genealógico, o controle leiteiro e a classificação linear. Entre os principais motivos para fazer o registro estão a garantia da perfeita identificação dos animais, controle de genealogia conforme o Ministério da Agricultura, pureza e seleção da raça, valorização comercial, além de possibilitar a participação em exposições e eventos oficiais, assim como a venda para outros Estados sem conta de ICMS.


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