Foto: Anelise Nicolodi
De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil, 50 prefeituras já formalizaram o pedido de emergência, mas nenhuma teve o decreto homologado. Todas alegam perdas nas lavouras e pedem auxílios que vão de renegociação de dívidas, prazo maior para plantio e até água potável para os moradores.
A estiagem que atinge o Estado desde dezembro é considerada a mais grave desde 2012. Foram pelo menos 30 dias sem nada de chuva, o que provocou perdas principalmente nas lavouras de milho para silagem, feijão, fumo e nas pastagens.
A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) apontou, no último levantamento do ciclo 2019/2020, que o Estado gaúcho não alcançará o seu potencial produtivo. Na região do Planalto, é estimada uma perda de 80% a 90% da área de milho; 95% da área ocupada por pastagens e entre 50% e 60% da soja precoce. Nesta semana entidades que representam agricultores e o governo gaúcho formularam um documento com reivindicações de auxílio imediato. Entre elas estão:
- A prorrogação das dívidas com o crédito rural e das parcelas de todos os contratos de investimentos;
- A criação de linhas de crédito para que cooperativas, empresas e fornecedores possam repactuar as dívidas dos produtores rurais;
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- O desenvolvimento de uma linha emergencial de crédito de até R$ 20 mil, sem juros, para os produtores.
Segundo o Ministério da Agricultura mais de cinco mil produtores gaúchos acionaram o seguro agrícola por perdas com a estiagem.
Foto: Anelise Nicolodi