EUA e China assinam fase 1 do acordo comercial

China deve adquirir cerca de US$ 200 bilhões em produtos dos EUA

16/01/2020 às 08:52 atualizado por Valter Puga Jr - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Jason Lee/Reuters

Após meses de idas e vindas numa tumultuada negociação e implantação de tarifas comerciais, oo EUA e a China assinaram nesta quarta-feira a primeira fase de um acordo comercial. A cerimônia foi na Casa Branca e o presidente americano, Donald Trump, e o vice-premiê da China, Liu He, assinaram o o aguardado acordo comercial entre os dois países.

O presidente Donald Trump agradeceu o presidente da China, Xi Jinping, a quem chamou de amigo, pela cooperação neste “momento histórico”. Trump disse que os representantes chineses se comprometeram aumentar as compras de produtos americanos nos próximos anos. “Eles entendem que é preciso haver uma certa reciprocidade na relação comercial.”

Pelo acordo, a China deve adquirir cerca de US$ 200 bilhões em produtos dos EUA --  adicionais -- num período de dois anos. Apenas em manufaturados, há previsão de compras adicionais na faixa de US$ 75 bilhões em dois anos, relatou Trump. Há também o compromisso de US$ 50 bilhões adicionais em suprimentos de energia, e entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões em serviços, a maioria na área financeira. 

AGRÍCOLAS

O acordo incluirá – a princípio – compra estimadas de US $ 50 bilhões de produtos agrícolas norte-americanos, disse Trump, que se dissse acreditar que os agricultores dos EUA seriam capazes de atender à maior demanda. 

Foi pelo0 menos o que disse o vice-presidente americano, Mike Pence, em breve pronunciamento. Ele confirmou um aumento das compras de produtos agrícolas americanos pela China na faixa entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, também no próximo biênio.
Fora isso, a China compraria entre US$ 40 e US$ 50 bilhões em serviços adicionais nos EUA, US$ 75 bilhões a mais em produtos manufaturados e US $ 50 bilhões a mais em suprimentos de energia.

Mais cedo, o principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse à Fox News que o acordo adicionaria 0,5 ponto percentual ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2020 e 2021. Mas alguns analistas expressaram ceticismo de que o acordo colocará o comércio entre EUA e China numa nova trajetória. 

"Acho improvável uma mudança radical nos gastos chineses. Tenho baixas expectativas sobre o cumprimento das metas estabelecidas", disse Jim Paulsen, estrategista-chefe de investimentos do Leuthold Group em Mineápolis. "Mas acredito que toda a negociação foi um avanço tanto para os EUA quanto para a China”, completou.

REDUCÃO DE DÈFICIT NA BALANÇA COMERCIAL

A redução do déficit comercial dos EUA em relação à China foi um dos principais argumentos do presidente Donald Trump para justificar o acirramento comercial com os chineses. Em 2018, o saldo foi negativo em US$ 419,2. E o governo do EUA quer reduzir esses déficit rapidamente.

Mas o presidente Trump vou a ameaçar: “Manteremos as tarifas por enquanto. Elas serão retiradas quando avançarmos na segunda fase do acordo”, declarou. “Todas as tarifas serão removidas quando finalizarmos a segunda fase”, frisou o mandatário.

E a segunda fase do acordo virá logo, e acrescentou que não quer conduzir uma terceira fase desse acordo.Ele explicou que pretende concluir as negociações comerciais com a China já na segunda fase do acordo, evitando assim uma terceira rodada de tratativas. “Com este acordo anunciado hoje, marcamos uma mudança no comércio global”, celebrou. 

TECONOLOGIA È O PONTO PRINCIPAL

Os chineses encarrariam as transferências “forçadas” de tecnologia, uma das principais queixas de empresas americanas na China. O premiêr chines Xi Jinping enviou mensagem para Trump, comemorando a assinatura da primeira fase do acordo como uma vitória para ambos países e “para todo o mundo” e propôs uma colaboração ainda mais profunda entre EUA e China no futuro.

Com informações: Valor Econômico/Reuters

 


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