Governo assina contrato de empréstimo em US$ 200 milhões para plano de defesa agropecuária

Negócio foi realizado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento

05/12/2019 às 11:12 atualizado por Thalya Godoy* - SBA | Siga-nos no Google News
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Foi assinado na última quarta-feira (4) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, o contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o Programa de Modernização e Fortalecimento da Defesa Agropecuária (ProDefesa). A estimativa de orçamento do programa é de US$ 200 milhões para os próximos cinco anos, composto por US$ 195 milhões do empréstimo junto ao BID e US$ 5 milhões do governo federal. O acordo foi aprovado pelo Senado Federal.

Segundo a ministra Tereza Cristina, o programa vai permitir que o Brasil continue livre da febre aftosa, amplie as áreas sem a peste suína clássica (PSC) e a mosca da carambola. Com esses recursos, também serão reestruturados os serviços de sanidade animal e vegetal. “Estou muito feliz com este momento porque um dos pilares da minha gestão é justamente a defesa agropecuária. Hoje, o agro responde por mais de 40% das exportações brasileiras e por isso precisamos aprimorar nossa vigilância internacional e agilizar, pela informatização, a liberação de mercadorias, bem como inspeções, registros e autorizações. Simplificar sem precarizar, como digo sempre, usando a tecnologia a nosso favor”, afirmou a ministra.

Do total a ser investido, para o controle e erradicação de pragas e doenças serão destinados US$ 137 milhões, a melhoria da eficiência dos serviços de defesa agropecuária ficará com US$ 23 milhões, e ao conhecimento e inovação para a defesa agropecuária caberá US$ 35 milhões. O Ministério subsidiará a contrapartida de US$ 5 milhões para acompanhar e avaliar os projetos.

A ministra afirmou que, além do Prodefesa, o Mapa está elaborando uma Carta Consulta de Apoio do BID ao Plano AgroNordeste, destinado a inclusão de pequenos e médios produtores na região do semiárido brasileiro. A líder da pasta informou que o Ministério da Economia autorizou a aprovação da carta para março de 2020.

Tereza Cristina disse que o BID é um parceiro importante do Brasil na disseminação de tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono, como o Projeto Rural Sustentável, aprovado pelo banco em 2013, que atuou na Amazônia e Mata Atlântica e beneficiou 25 mil produtores com abrangência em 46 mil hectares.

O representante do BID no Brasil, Hugo Flórez Timorán, afirmou que a assinatura do contrato de empréstimo é simbólico para o momento atual do Banco, e ressaltou que o BID quer continuar como parceiro estratégico do Brasil. “Para os próximos anos, vamos continuar acompanhando o país em seus esforços para aumentar o ritmo de crescimento da produtividade e assim consolidar seus ganhos sociais”, disse.

 

Com informações do Mapa/ Foto de capa por Carlos Silva/Mapa

*Texto supervisionado por Douglas Ferreira


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