Para Tereza Cristina, pequeno agricultor precisa sair do patamar de baixo uso de tecnologia

Em evento da Aprosoja, ministra também afirma que pequeno agricultor tem potencial para competir com agricultores comerciais

04/12/2019 às 15:54 atualizado por Rafaela Flôr* - SBA | Siga-nos no Google News
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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina disse nesta quarta-feira (4) que um dos grandes desafios do Ministério da Agricultura para 2020 é melhorar o acesso à tecnologia e assistência técnica para os pequenos agricultores brasileiros. A afirmação foi feita durante a abertura do Agrocenário 2020, evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), em Brasília.

“Nós temos que tirar o pequeno agricultor do patamar de baixa tecnologia, de baixa renda. Os pequenos agricultores precisam entrar no sistema produtivo como a grande agricultura comercial faz. Vamos fazer isso através da ciência, da tecnologia, da pesquisa da nossa Embrapa, levando a eles tudo o que o produtor empresarial foi buscar nessa tecnologia”, disse.

De acordo com dados divulgados na última terça-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os resultados das Contas Nacionais Trimestrais referentes ao terceiro trimestre deste ano apresentaram crescimento de 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em relação ao trimestre anterior. A agropecuária foi o setor que registrou a maior alta, de 1,3%.

Entre as ações do Ministério que podem contribuir para o fortalecimento da agropecuária brasileira, Tereza Cristina citou o programa AgroNordeste, a abertura de novos mercados e a capacitação técnica de pequenos agricultores. “Estamos trabalhando com todos os setores para que a agricultura continue a aquecer e a desempenhar o papel fundamental que ela tem no abastecimento da mesa dos brasileiros e de muitos países parceiros”.

Questionada sobre a possibilidade de reabertura das exportações brasileiras de carne bovina in natura para os Estados Unidos, a ministra ressaltou que as negociações técnicas levam tempo, mas que o Brasil está buscando prospectar outros mercados tão importantes quanto o norte-americano. “Todos os mercados são prioritários para o Brasil, pelo tamanho, pelo gigantismo da nossa pecuária, nós temos o maior rebanho bovino do mundo (....) Temos aí muita proteína para mostrar para o mundo”, disse a ministra.

Tereza Cristina acrescentou que o mercado global de carne passa por um período de transição em razão da alta demanda da China por proteína animal, já que o país teve perdas significativas de animais por causa da peste suína africana. “Estamos vivendo um momento de transição muito bom, é bom que os pecuaristas possam investir mais no seu negócio, melhorar o desfrute do nosso rebanho, produzir uma quantidade maior de proteínas, porque o mundo está ansioso por essa proteína, não só do Brasil, mas o mundo todo, pelo problema que vive hoje o mercado chinês, que é um grande mercado, e tem mudado o cenário internacional das proteínas”.

Com informações de Mapa.
*Texto supervisionado por Douglas Ferreira.


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