Valores do boi gordo e da carne no atacado são os maiores de série histórica

Levantamento é realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP

31/10/2019 às 12:01 atualizado por Thalya Godoy* - SBA | Siga-nos no Google News
:

De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do bezerro, do boi gordo e da carne seguiram em alta na maior parte de outubro, devido a baixa oferta e demanda aquecida. No caso do bezerro no Indicador ESALQ/BM&FBovespa, em Mato Grosso do Sul, no acumulado na parcial deste mês entre 30 de setembro a 30 de outubro, a alta é de 1,27%, encerrando a R$ 1.386,93 na última quarta-feira (30). 

A média mensal de R$ 1.356,07 ultrapassa em 1,4% a de setembro de 2019 e em 11,16% a de outubro do ano passado, em termos reais. Para o boi gordo, a elevação no acumulado deste mês é de 3,21%, com o Indicador ESALQ/B3 de São Paulo, fechando a R$ 167,40 na quarta-feira. Este é o maior patamar real desde novembro de 2016, quando a média mensal do Indicador foi de R$ 168,23. Os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de setembro. 

Neste mês, a média está em R$ 162,92, com respectivas elevações de 2,91% e de 6,76%, frente as médias de setembro de 2019 e outubro de 2018. No caso da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, para a carcaça casada de boi, ocorreu valorização de 6,81% no acumulado na parcial deste mês, com o preço à vista encerrado a R$ 11,60/kg nessa quarta. Em outubro, a média está em R$ 11,23/kg, aumento mensal de 4,5% e anual de 11%, também em termos reais. 

Em termos nominais, ou seja, sem considerar os efeitos da inflação, os patamares observados em outubro para a arroba do boi e para a carne no atacado são os maiores das séries históricas do Cepea, iniciadas respectivamente em 1994 e 2001. No caso do bezerro, os patamares nominais de abril de 2016 superam os atuais.

 

Com informações por Cepea
*Texto supervisionado por Douglas Ferreira


Últimas Notícias