Pesquisa desenvolve soja na cor preta com sabor mais suave e melhor tempo de cozimento

Leguminosa possui mais proteína que o feijão e nutrientes capazes de prevenir envelhecimento

22/10/2019 às 12:40 atualizado por Thalya Godoy* - SBA | Siga-nos no Google News
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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com outras entidades, desenvolveu a BRSMG 715A, soja de coloração preta, que teve a produção iniciada na safra 2019/2020. Ela é rica em antioxidantes e possui sabor suave, característica importante devido à resistência ao gosto forte da leguminosa. 

Esse aspecto permaneceu por muito tempo como desafio para a pesquisa científica, que tentava estimular a adoção do produto na alimentação humana de forma mais ampla. Segundo a Embrapa, no Brasil, serão multiplicados inicialmente mil quilos de sementes até obter volume suficiente para atender a demanda de mercado.

Nova leguminosa será apresentada no V Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial.
Foto por Ana Cristina Juhász

Ela tem capacidade de enriquecer nutricionalmente uma feijoada e de substituir completamente o feijão, por ser boa fonte de proteína. Além do gosto mais agradável, é mais fácil de cozinhar em comparação com as outras variedades. “Os grãos da soja preta possuem grande quantidade de ácidos graxos monoinsaturados, o que lhes confere maior estabilidade oxidativa. Ao comparar a capacidade antioxidante da BRSMG 715A, a Embrapa concluiu que a soja preta tem pelo menos 1,8 vez mais atividade antioxidante que a soja amarela. Isso significa que a nova variedade tem maior capacidade para prevenir o envelhecimento, por exemplo”, explicou a entidade.

A pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão (GO), Priscila Bassinello, que conduziu as análises das amostras, afirma que ela traz mais benefícios para a saúde humana. “Podemos dizer que, com atividade antioxidante maior, a soja preta pode colaborar com o bom funcionamento de órgãos como o coração e também proteger o organismo contra doenças degenerativas (artrite, aterosclerose, diabetes e câncer), relacionadas aos danos causados pelo oxigênio extremamente reativo”, esclarece. 

 

Com informações da Embrapa
*Texto supervisionado por Douglas Ferreira
 


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