Diretor da Iagro afirma que planejamento e ações farão de MS zona livre de aftosa sem vacinação até 2021

Segundo Daniel Ingold, notificação de animal doente feita pelo produtor é essencial para evitar disseminação do vírus nos rebanhos

18/10/2019 às 18:04 atualizado por Rafaela Flôr* - SBA | Siga-nos no Google News
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A segunda etapa da campanha de vacinação contra a aftosa em Mato Grosso do Sul inicia, neste ano, no dia 1º de novembro e vai até 30 do mesmo mês para a zona de planalto e até dia 16 de dezembro para a região do Pantanal. O estado faz parte do bloco 4 no processo da conquista do reconhecimento de país zona livre de aftosa sem vacinação até 2021. Outro estado que fazia parte deste bloco é o Paraná, que recentemente recebeu autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para suspender a campanha.

Em visita ao Canal do Boi, o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Estado (Iagro-MS), Daniel Ingold explicou que o Mato Grosso do Sul está no processo de reestruturação para a retirada da vacina. "Nós queremos tirar essa vacina, substituir por outro modelo de vigilância, e com isso, ganhar mercados e a melhora na pecuária".

Ingold enfatiza que o mercado se readequa em condições como a do Paraná, que a comercialização das vacinas foi suspensa. E, para situações de foco da doença, o controle e eliminação são essenciais para manter os rebanhos seguros da disseminação do vírus que causa a febre aftosa.

Para o diretor-presidente, o modelo de prevenção e controle é mantido por um tripé. "Primeiro é a ação do governo: nós temos total apoio no nosso governo do estado para fazer a mudança. Segundo, a notificação do produtor. E terceiro, a reação em horas de uma agência de defesa, como a Iagro", conta. Ingold reforça que a notificação do produtor é o mais importante, assim o procedimento sanitário é aplicado de maneira efetiva com o abate do animal infectado. 

Quanto às fronteiras com outros estados do Brasil, com o Paraguai e a Bolívia, o diretor-presidente afirma que ações estão sendo feitas pela Iagro para evitar que animais contaminados com febre aftosa disseminem a doença para animais saudáveis, como: aumento dos setores de vigilância, rastreamento via satélite das cargas de bovinos que entram em Mato Grosso do Sul, integração com outras instituições e compartilhamento de dados. "É uma vigilância mais ativa, com inteligência", ressaltou Ingold.

*Texto supervisionado por Douglas Ferreira.
 


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