Vacinação contra febre aftosa será suspensa no Paraná a partir de novembro

Medida abre perspectiva de mercados para o Brasil e cria expectativa de país protagonista na produção de alimentos

15/10/2019 às 18:48 atualizado por Pâmela Machado* - SBA | Siga-nos no Google News
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Guilherme Martimon/Mapa

Nesta terça-feira (15), a ministra Tereza Cristina da pasta de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou a suspensão da vacinação contra a febre aftosa no Paraná, segundo ela, a medida abre perspectiva de novos mercados para a carne bovina brasileira. A cerimônia foi realizada em Curitiba (PR) instituindo a Instrução Normativa para que a partir de novembro, 9,2 milhões de bovinos e bubalinos do estado não sejam vacinados, visto que não há registro de casos da doença na região.

A ministra afirmou durante a solenidade que o assunto é discutido desde o início do ano. Segundo ela, a partir deste momento se inicia uma nova era de sanidade e sustentabilidade. Tereza Cristina ressaltou que a sanidade animal no Brasil é de qualidade, contando com contribuição do produtor em cumprir seu papel, do estado para fiscalizar e educar, as federações promovendo empreendedorismo, além do Mapa trabalhando na abertura de mercados. 

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior destacou que a medida significará um avanço na produção agropecuária do estado, com expectativa do país ser o protagonista na produção de alimentos para o mundo. O secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara ressaltou que os próximos passos são ampliar os mecanismos de vigilância, com georreferenciamento e inteligência estratégica, para impedir qualquer reintrodução do vírus.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Ágide Meneguette, disse que a medida credencia o Paraná "como um fornecedor de alimentos seguros". Em setembro de 2020, o Brasil vai pleitear o reconhecimento internacional do Paraná como área livre de aftosa sem vacinação, com expectativa de ser oficializado em 2021 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Com informações do Mapa

*Texto com supervisão de Douglas Ferreira


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