Quebra de safra de arroz nos EUA pode beneficiar exportação brasileira

Nos primeiros sete meses deste ano o Brasil exportou 761,5 mil toneladas de arroz

15/10/2019 às 13:52 atualizado por Valter Puga Jr. - SBA | Siga-nos no Google News
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A quebra da safra de arroz dos Estados Unidos pode beneficiar o produtor de arroz brasileiro. É que no ciclo 2019/20, o atraso no plantio por problemas climáticos reduzirá a colheita de arroz dos norte-americanos em 16% e as exportações em cerca de 500 mil toneladas a menos. 
Com o câmbio em alta, o arroz brasileiro ainda ganha competitividade e pode atender países que até então compram dos EUA, como o Perú e o Irã que nunca compraram arroz brasileiro.

No caso do Brasil, a oferta de arroz está mais ajustada com a quebra da safra brasileira e exportações  que já estão firmes, como apontam as avaliações da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (a Federarroz). 

Nos primeiros sete meses deste ano o Brasil exportou 761,5 mil toneladas de arroz (base casca) e adquiriu de outros países perto de 636 mil toneladas. Em suma: um superávit de 124 mil toneladas até o mês passado. termina o ano com um quadro muito ajustado de importação e exportação e “com baixos estoques de passagem para o próximo ano safra”, como lembra o presidente da Federarroz, Alexandre Velho.

O otimismo vai além. É que o Brasil lentamente consolida posição relevante no mercado mundial de arroz. Até dezembro aguarda-se embarque no Porto de Rio Grande de uma segunda remessa de 30 mil toneladas de arroz beneficiado rumo ao Iraque, país que tem demandado arroz brasileiro. Mas os produtores buscam novos mercados e há negócios em andamento com o México, Panamá e Guatemala. 

Analistas da Federarroz apontam que a exportação, além de ampliar a demanda e abrir e manter novos mercados, escoa os excedentes, neutraliza as importações e faz com que o produtor não fique refém da demanda interna. E isso dá sustentação às cotações.


Com informações Valor/Federação dos Arrozeiros do RS.


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