No primeiro semestre de 2019, PIB do agro cresce 1,53% em MG

Resultado foi divulgado pelo Cepea da Esalq/USP

11/10/2019 às 11:00 atualizado por Rafaela Flôr - SBA | Siga-nos no Google News
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O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) calculou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio de Minas Gerais cresceu 1,53% nos primeiros seis meses deste ano. A pecuária impulsionou os resultados, com 4,87%, assim como o constatado no agronegócio brasileiro. O ramo agrícola recuou 0,90%. Os insumos também foram destaque no período analisado, com 10,34% para o agrícola e 3,16% para o pecuário.

O segmento primário teve alta de 2,81% no estado mineiro, devido ao crescimento verificado para a pecuária, de 6,27%. As atividades que tiveram destaque positivo no crescimento de faturamento foram a avicultura e a suinocultura, que é reflexo principalmente da Peste Suína Africana que assola principalmente a China e também outros países asiáticos e que, desde então, tem mantido aquecida a demanda internacional pela carne brasileira e impulsionado os preços domésticos. O leite também apresentou resultados positivos em decorrência do aumento do preço – reflexo da redução da oferta e da maior disputa pela matéria-prima junto à indústria de derivados.

Já o segmento primário agrícola recuou 2,62%, pressionado pela menor produção esperada. Neste caso, o café, principal cultura do estado mineiro em termos de participação no valor bruto da produção agrícola, apresentou redução tanto em volume (-16,8%) quanto em preço (-15,6%), culminando em queda de 29,7% no faturamento. Além disso, as culturas de milho, soja e cana-de-açúcar, de alta relevância no segmento para o estado, também registraram queda de faturamento.

Agroindústria

O PIB da agroindústria mineira caiu 0,51% no primeiro semestre. Esse cenário foi resultado da queda para a agroindústria de base agrícola (-0,99%), tendo em vista o crescimento (de 1,74%) para a de pecuária. No caso do agrícola, o desempenho negativo esteve associado às quedas observadas em importantes atividades, como o etanol hidratado e a indústria têxtil. Já a alta no segmento pecuário se deve ao avanço verificado em quase todas atividades industriais pecuária acompanhadas (com exceção para carne de vacas), com destaque para suinocultura e avicultura.

Com informações Cepea - Esalq/USP.

Texto supervisionado por Douglas Ferreira.


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