O setor Suíno e Aves de Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Santa Catarina desenvolveu modelo de criação de suínos em família, que reduz o uso de antibióticos e garante qualidade no produto final e sanidade animal. O modelo começou a ser implantado em 2009 na unidade e pesquisadores responsáveis constataram que o uso de medicamento deixou de ser necessário em 85% dos animais, por isso o modelo reduz os custos com medicamentos.
Este sistema de produção privilegia o bem-estar animal e atende às exigências de consumidores por produtos seguros do ponto de vista alimentar. É ideal usá-lo em granjas com até 210 matrizes se respeitar os princípios do sistema e mantendo cuidados especiais no transporte. Caso contrário, é indicado para até 60 matrizes.
Esse manejo envolve manter juntos os suínos da mesma família desde o nascimento até a terminação, pois conviver com familiares reduz o nível de estresse e a possibilidade de incidência e proliferação de doenças trazidas por outros animais. Os pesquisadores do projeto que desenvolveram o manejo em família esclarecem que as medidas de biosseguridade são as mesmas adotadas em sistemas maiores, como cerca de isolamento, vestiário, escritório para troca de roupa, combate de moscas e ratos e reposição de animais com boa procedência e privilegiando os de origem única.
Neste modelo de produção em família, a castração dos leitões é feita por vacina de imunocastração. Deixa de ser necessário, também, o corte de rabo e dos dentes, já que as brigas e disputas são menores do que em outros sistemas em que há mistura de leitões. As fêmeas são mantidas soltas, mesmo durante a gestação e no período de maternidade.
Com informações Embrapa.
*Texto supervisionado por Douglas Ferreira.