Na última semana, produtores ficaram preocupados com os custos de produção pecuária, devido ao repasse da Petrobras de 4,2% nos preços do diesel. Em cálculo realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a referência foram as cotações de fertilizantes, mais especificamente a ureia, para compreender os possíveis impactos. Os insumos são utilizados no começo das águas e muitas vezes para suplementação animal.
Como resultado, foi estimado aumento nos preços em +0,5% e na região noroeste +0,6% na região centro-sul de Mato Grosso. Além disso, com o dólar em alta, há preocupação sobre os custos de aquisição do produto, tendo em vista que é realizado na moeda norte-americana. Contudo, com a forte atuação da Índia no estado com fertilizantes, há esperança que os valores sejam reduzidos com a competitividade de mercado.
Boi e vaca gorda
Os preços do boi e da vaca gorda encerraram a última semana, respectivamente, a R$ 142,27/@ e R$ 133,70/@, com acréscimos de 0,32% e 0,78%. A alta mais significativa nas fêmeas foi marcada pela maior retenção desta categoria, com incentivo maior devido ao início da estação de monta.
Mercado
A retomada da movimentação no mercado de reposição foi auxiliado pelo começo das chuvas em algumas regiões do estado, o que resultou em uma alta de 0,29% na média do bezerro de ano em comparação com a semana passada.
Abate
As escalas de abate tiveram crescimento de 1,01 dia, encerrando com média de 6,83 dias. O cenário é atribuído aos grandes volumes de animais de confinamento que foram ofertados para alguns frigoríficos na última semana.
Equivalente físico
O equivalente físico teve queda de 0,99% em comparação a semana passada, mesmo com o aumento da arroba do boi gordo. A situação está ligada à enfraquecida da demanda, comum no final do mês.
Com informações do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea)
*Texto supervisionado por Douglas Ferreira