“Corumbá e Miranda respiram fumaça”

Cidades no interior sul-mato-grossense são atingidas pelas queimadas no Pantanal

13/09/2019 às 13:53 atualizado por Thalya Godoy* - SBA | Siga-nos no Google News
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Com o trabalho de cobertura fotográfica das queimadas no Pantanal desde o dia 23 de agosto, Valetim Manieri relata que os prejuízos ocasionados pelos focos de incêndio são a perda da vegetação nativa, animais mortos e árvores incendiadas. “O fogo atingiu a fazenda Caimã, um dos mais importantes refúgios ecológicos de Mato Grosso do Sul. Bombeiros e voluntários estão na área tentando combater os focos, mas não estão dando conta, ele afirma.

Segundos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pantanal apresentou aumento de 334% de focos de incêndio entre o início do ano até 11 de setembro, em comparação com o mesmo período 2018. “É muito triste o que está acontecendo com nosso Pantanal”, relata Manieri.

Queimadas impactam também na economia da região.
Foto por: Estudio Fotografico Valentim Manieri
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Para o fotógrafo, a dificuldade para respirar devido a fumaça, mudança rápida da direção do vento e  temperaturas elevadas dificultam o deslocamento para fazer o acompanhamento das queimadas. “Corumbá e Miranda respiram fumaça. Corumbá registrou 694 focos de incêndio, nunca vi nada igual no nosso estado”, ele conta.

Manieri relata ainda o prejuízo econômico para a região, devido a este cenário. “Prejuízo também para o turismo, agências de viagens com cancelamento de turista. Realmente, a situação é muito triste”, afirma.

 

*Texto supervisionado por Douglas Ferreira


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