Queda no preço de combustíveis contribui para índice de inflação menor

Dado é de relatório divulgado pelo IBGE

23/07/2019 às 10:31 atualizado por Jorge Zaidan - SBA | Siga-nos no Google News
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15) acumula alta de 2,42% em 2019. Nos últimos 12 meses, o índice que é uma prévia oficial da inclação no país, acumula alta de 3,27%, resultado abaixo dos 3,84% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2018, a taxa havia sido de 0,64%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira(23) pelo IBGE.

Em julho, o IPCA-15 variou 0,09%, índice próximo ao de junho último, que fechou em 0,09%, de acordo com o IBGE.

Veja como ficaram as taxas:

Período

TAXA

Julho de 2019

0,09%

Junho de 2019

0,06%

Julho de 2018

0,64%

Acumulado no ano

2,42%

Acumulado nos 12 meses

3,27%

 

Impacto negativo

O grupo dos Transportes, um dos componentes do índice, teve impacto menor no mês. Caiu 0,44% em julho. No mês passado, o grupo teve alta de 0,25%. O impacto da queda representou recuo de 0,08 ponto porcentual no IPCA 15 de julho.

O resultado do grupo dos Transportes (-0,44%) foi influenciado pela queda nos preços dos combustíveis (-3,00%), especialmente da gasolina (-2,79%), que foi o impacto negativo mais intenso no índice do mês, -0,12 p.p. O etanol, que já havia recuado em junho (-4,57%), teve nova queda (-4,55%) em julho, contribuindo com -0,04 p.p. O óleo diesel (-1,59%) e o gás veicular (-0,49%) também caíram, após as altas de 0,86% e 1,93%, respectivamente, em junho.

O IBGE calculou o índice de julho no período 13 de junho e 12 de julho de 2019. Os preços analisados foram comparados aos pesquisados no período de 16 de maio a 12 de junho de 2019.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Impacto positivo

A Habitação foi um dos que tiveram impacto positivo na composição do índice. O grupo variu de 0,43% (0,07 p.p. de impacto). 

Alimentação e bebidas subiram 0,03%, e apresentaram leve alta, após registrar queda de 0,64% em junho.

Outro grupos que tiveram impacto positino no cálculo do índice: Despesas pessoais (0,48%) e Saúde e cuidados pessoais (0,34%), com impactos de 0,05 p.p. e 0,04 p.p., respectivamente.

Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,19% em Vestuário e a alta de 0,14% em Comunicação, conforme mostra a tabela a seguir:

 

Grupo

Variação (%)

Impacto (p.p.)

Junho

Julho

Junho

Julho

 

Índice Geral

0,06

0,09

0,06

0,09

 

Alimentação e bebidas

-0,64

0,03

-0,16

0,01

Habitação

0,52

0,43

0,08

0,07

Artigos de residência

0,01

-0,06

0,00

0,00

Vestuário

0,09

-0,19

0,01

-0,01

Transportes

0,25

-0,44

0,05

-0,08

Saúde e cuidados pessoais

0,58

0,34

0,07

0,04

Despesas pessoais

0,11

0,48

0,01

0,05

Educação

0,09

0,12

0,00

0,01

Comunicação

0,00

0,14

0,00

0,00

Fonte: IBGE, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor

 

O grupo Alimentação e bebidas (0,03%) teve ligeira alta, após cair 0,64% no mês anterior.

A batata-inglesa(8,30%) e a cebola (12,81%) subiram em julho e contribuíram, cada uma, com 0,02 p.p. no IPCA-15 de julho.

 

Alimentos em queda

No lado das quedas, o destaque mais uma vez foi o feijão-carioca (-12,47%), cujos preços caíram pelo quarto mês seguido. As frutas (-1,22%) e o leite longa vida (-0,96%) também tiveram deflação em julho, este último após uma alta de 2,80% em junho.


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