Organizadores da Festa Nacional do Vinho levam demanda ao Ministro Interino da Agricultura

Vinicultores reclamam da importação de vinhos chilenos que prejudica a concorrência, por conta de terem 7% de água adicionada ao produto

10/05/2019 às 11:01 atualizado por Marcio Nory - SBA | Siga-nos no Google News
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 Foto: Divulgação MAPA.

 

Os organizadores da 29ª Expobento, feira de negócios de Bento Gonçalves (RS), e da 16ª Fenavinho, a Festa Nacional do Vinho, se reuniram nesta quinta-feira com o ministro em exercício Marcos Montes (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Um dos objetivos do encontro foi convidar Marcos Montes e a ministra Tereza Cristina para participarem da abertura dos eventos que serão realizados de 13 a 26 de junho.

A cidade de Bento Gonçalves é um dos maiores pólos produtores de vinhos do país com cerca de 14 mil famílias de produtores rurais que vivem do cultivo da uva. Bento Gonçalves também é sede da Embrapa Uva e Vinho, uma das mais importantes unidades da Embrapa, que visa viabilizar soluções tecnológicas para as cadeias produtivas da viticultura e fruticultura de clima temperado no Brasil, aumentando a sua competividade de forma sustentável. 

Participaram do encontro o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, a imperatriz e as duas damas de honra da Fenavinho e dirigentes de entidades do setor, como o Instituto Brasileiro do Vinho.

Além do convite, o prefeito Guilherme Pasin e os produtores alertaram Marcos Montes sobre a preocupação da concorrência desleal dos vinhos exportados do Chile, que foram autorizados a adicionar 7% de água no vinho exportado para o Brasil e outros países. Segundo entidades nacionais, esse fato caracteriza concorrência desleal já que o Brasil proíbe seus vinicultores de adicionar água no produto feito aqui, mas não impede a entrada dos vinhos chilenos com esse percentual de água.

Segundo Diego Bertolini, gerente de Promoção do Instituto Brasileiro do Vinho, essa concorrência desleal se agrava com os vinhos chilenos baratos que chegam aos supermercados com valores de R$ 14 a R$ 20, com 7% de água e, disse também, que “estão matando os nossos agricultores de fome, porque não existe competição possível”. Bertolini informou que a mesma queixa já foi apresentada na reunião da Câmara Setorial de Viticultura, Vinhos e Derivados, do Ministério da Agricultura há 15 dias.

O ministro em exercício disse que vai encaminhar a reclamação dos produtores à Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério, para que verifique a extensão do problema.


 


 

 


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