Tereza Cristina inicia agenda que visa "vender" Brasil à Àsia

Ministra apresentou dados da produção agrícola e áreas com potencial de investimento externo aos japoneses

09/05/2019 às 11:57 atualizado por Adriano Falleiros - SBA | Siga-nos no Google News
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Reunião com o vice-presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Kazuhiko Koshikawa, e demais membros da organização marcou a agenda de compromisso da ministra Tereza Cristina nesta quinta-feira (9), no Japão.

Na reunião, a ministra, acompanhada do embaixador do Brasil no Japão, Eduardo Saboia, apresentou dados da produção agrícola e áreas com potencial de investimento externo.

Ela ressaltou que a Jica é uma “parceira de longa data” do Brasil, citando o  Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer), que tem mais de 40 anos de criação.

Na avaliação da ministra, uma das áreas com possibilidade de atuação conjunta é a Matopiba (que compreende o bioma Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e responde por grande parte da produção brasileira de grãos e fibras).

A Jica comprometeu-se em ajudar o Brasil a atrair investimento japoneses para infraestrutura de transporte dos produtos agropecuários (ferrovias, rodovias e aeroportos). Depois, a delegação brasileira reuniu-se com a Federação das Indústrias do Japão (Keidanren).

Foto: Divulgação/MAPA 

As principais áreas de inovação que o Brasil busca investimentos externos são: conectividade nas áreas rurais, isso é importantíssimo, agricultura de precisão, rastreabilidade, mecanização agrícola de última geração e automatização.

A ministra destacou que 66% do território nacional são cobertos de vegetação nativa e que o Código Florestal determina ao agricultor conservar de 20% a 80% da vegetação nativa, dependendo do bioma. Outra medida destacada pela ministra é a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iPLF), que integra o Programa Agricultura de Baixo Carbono. Em 2016, conforme a ministra, cerca de 12,6 milhões de hectares já adotavam a prática de iPLF.

O embaixador Eduardo Saboia destacou que mais da metade das importações de carne e frango do Japão são provenientes do Brasil, o que atesta a qualidade dos produtos, já que o mercado japonês é considerado um dos mais exigentes do mundo. O diretor da Keidanren, Takao Omae, mencionou o interesse do empresariado japonês na logística de escoamento de grãos e as medidas que estão sendo adotadas no país. A ministra convidou os empresários a visitarem o interior do país e também conhecerem áreas em que possam investir.

Além da equipe do ministério e diplomatas, a delegação brasileira é composta por representantes de empresas brasileiras e deputados federais, entre eles o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Alceu Moreira (MDB-RS).

Com informações do MAPA


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