O Brasil está em condições de aumentar as exportações de carne suína para a China, onde um surto de febre suína africana se tornou num “evento transformacional” para a indústria global de carnes disse nesta quarta-feira o presidente-executivo da BRF, Pedro Parente.
O aumento depende se as fábricas em outros estados brasileiros, com exceção de Santa Catarina, obterem a certificação, disse o executivo em uma conferência que aconteceu na cidade de São Paulo-SP. A BRF tem apenas uma unidade no Brasil autorizada a vender carne suína para o país asiático, acrescentou. Como um grupo, as empresas brasileiras poderiam vender de 200 mil a 300 mil toneladas a mais de carne suína por ano para a China, calculou.
Os Estado Unidos, quando a disputa comercial com Pequim for resolvida, também estarão aptos ao fornecimento de carne suína para a China em cerca de 700 mil toneladas, ponderou. Mas Parente disse que isso representa apenas uma pequena fração da demanda potencial da China de Xi Jinping, como resultado de surto, que foi relatado pela primeira vez em agosto de 2018.
A região chinesa produz cerca de 54 milhões de toneladas de carne suína e demanda cerca de 56 milhões do toneladas em um dado ano, com a diferença compensada pelas importações.
“Se a produção chinesa caísse 10%, o qe é uma estimativa conservadora, isso significaria que o país precisaria de 5,5 milhões de toneladas adicionais para atender à demanda atual por carne suína”, disse Parente.