Milho segue em elevação no Brasil com destaque no MT e PR

06/03/2019 às 11:14 atualizado por Fabiano Reis - Campo Grande/MS | Siga-nos no Google News
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Há alguns meses o AgriculturaBR afirma que o milho sobe no país. E apesar de ter encontrado circunstância de teto nos valores em algum momento, voltou, com certa tranquilidade, ao movimento de alta.

Destacamos os dois estados maiores produtores de milho do País, Mato Grosso e Paraná. Duas importantes praças totalmente distintas entre si no critério logístico.

Em Mato Grosso, usamos os dados fornecidos pelo IMEA – Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária. As observações comprovam a linha editorial adotada pelo Canal do Boi: são explícitas as altas nos dois estados, em especial no Mato Grosso. Em Rondonópolis a alta nos últimos 30 dias atingiu 7,59%, com valor de R$ 29,65 por sacas verificado neste dia 6 de março. Em Sorriso a elevação chegou a 9,9%, a R$ 21,80 por saca.

Agora, com apoio dos números do Deral - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná verificamos altas igualmente consistentes. Em Ponta Grossa a saca de 60 quilos é comercializada nesta quarta-feira em R$ 32,10, alta de 8,9% nos últimos 30 dias. Na tradicional praça de Londrina a subida atingiu 5,2% no mesmo período e é comercializada hoje por R$ 31.

Em linhas gerais, o diagnóstico da equipe do Agricultura BR é o mesmo desde os três meses finais do último ano: a demanda interna e externa segue com expectativas de serem maiores com consumo estimado em 62,50 milhões de toneladas (4,5% frente a 2017/18), exportações de 31 milhões de toneladas (+21%) mesmo com produção maior na campanha atual com 91,65 milhões de toneladas, 10,87 milhões de t acima da safra passada. Mesmo com quase 11 milhões de t a mais de produção, o estoque de passagem deve cair quase 2 milhões de T.

Neste contexto todo, destacamos: a situação já é favorável ao agricultor brasileiro com preços bem melhores, a diferença é que ele deve ter produto para vender e aproveitar a melhor situação. Para o pecuarista, as contas devem ser feitas de maneira bem ajustadas e compras antecipadas para confinamentos, granjas, etc. É evidente que na colheita os preços devem recuar frente ao período anterior, mas nem tanto.


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