Ar muito seco predomina sobre o Brasil nos próximos dias e prejudica a saúde

Grande parte da população brasileira vai continuar convivendo com o ar muito seco pelo menos até o fim da primeira quinzena de julho

10/07/2025 às 10:34 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A recente passagem de uma forte onda de frio pelo centro-sul do Brasil causou uma acentuada queda da temperatura, mas também ajudou a reduzir os níveis de umidade no ar. Nesta quarta-feira, 9 de julho, o Distrito Federal e 15 estados brasileiros registraram níveis de umidade iguais ou abaixo de 30%. Em alguns locais de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, a umidade relativa do ar durante a tarde ficou um pouco abaixo dos 20%.

O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 17% em Montes Claros (MG), 19% em Sete Lagoas (MG), em Goiás (GO)e em São José do Rio Claro (MT). Entre as capitais, as mais secas nesta quarta-feira foram Cuiabá, onde o nível de umidade no ar baixou para 21%, Brasília com umidade no ar mínima de 30%, Campo Grande com 31% e Belo Horizonte, onde a umidade relativa do ar chegou aos 33% na região da Pampulha.

Níveis de umidade relativa do ar entre 21% e 30% representam uma situação de atenção para a baixa umidade no ar. Índices de umidade no ar entre 11% e 20% são ainda mais críticos e indicam uma situação de alerta para o ar muito seco.

Secura do ar continua nos próximos dias

Para esta quinta-feira, 10 de julho, a previsão é de mais um dia com ar seco em grande parte do Brasil. Níveis de humidade no ar entre 21% e 30% devem voltar a ocorrer em várias áreas do sul da região Norte, do interior do Nordeste, em praticamente todo o Centro-Oeste do país e também em parte de Minas Gerais e de São Paulo. É possível até que algumas áreas do interior da região Sul do Brasil registrem níveis de umidade no ar próximos de 30%. Alguns locais do Centro-Oeste, do interior do Nordeste, do Sudeste e até da região Norte poderão registrar um pouco menos do que 20% de umidade no ar.

Grande parte da população brasileira vai continuar convivendo com o ar muito seco pelo menos até o fim da primeira quinzena de julho. A chuva só deve ocorrer em áreas próximas do mar e no extremo norte do país.

Ar seco e a sua saúde

Pela recomendação da Organização Mundial da Saúde, um ambiente saudável deve ter um nível de umidade relativa do ar em torno dos 60%. O excesso e a falta de umidade no ar prejudicam a nossa saúde. Lugares muito úmidos facilitam a proliferação de fungos e mofos.
Quando os níveis de umidade no ar estão muito baixos, em geral menores do que 50%, significa que o ar que respiramos está muito seco. Essa falta de umidade resseca as mucosas das vias aéreas superiores. Mucosas ressecadas ficam mais sensíveis, o que facilita o surgimento de microferidas, que se tornam áreas mais sujeitas à penetração de vírus e de bactérias, que podem desenvolver infecções de intensidade variada. Além disso, a maioria dos vírus e bactérias sobrevivem por mais tempo em ambiente seco.
Saiba mais sobre como o ar seco afeta a sua saúde.

Ar seco é característica do inverno

Uma das principais características do inverno no Brasil são os dias com o ar muito seco, com níveis de umidade do ar que podem atingir valores em torno e abaixo dos 30% nas horas mais quentes do dia. Em situações críticas, a umidade relativa do ar pode baixar para menos de 20% em várias áreas do interior do Brasil. Isto acontece por causa da prolongada falta de chuva que é característica da estação na maioria das áreas do país. Sem a chuva, a perda de umidade é grande pelo processo natural de evaporação. Somente grandes frentes frias conseguem provocar alguma precipitação em áreas do Centro-Oeste ou do interior do Sudeste nos meses de inverno. Mesmo assim, em muitos locais, estas frentes frias causam apenas um aumento da nebulosidade, mas não chuva.

Fonte: CLIMATEMPO


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