O milho em primeira safra deve atingir a produção de 25,18 milhões de toneladas, 17,3% inferior à safra passada, de acordo com levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na manhã desta quinta-feira (11).
Os impactos nos preços e a consequente comercialização da safra anterior, provocados pela grande produção da safra passada, trouxeram reflexos na área plantada da safra 2017/18. Com o plantio próximo do fim, permanece a perspectiva de redução na área semeada, estimada 2,9% inferior, se comparada com a temporada 2016/17.
Uma tendência ocorrida em safras passadas é a transferência do plantio desse cereal para a segunda safra, após a colheita da soja. O tamanho da área a ser semeada vai depender da janela climática para o milho e de acordo com a Conab deve ser de 4,97 milhões de hectares nesta safra.
A estimativa é de redução de 8,2% na produtividade do milho de primeira safra. Mesmo assim, a produtividade esperada é a segunda melhor desde 2003/04. Nesta temporada a produtividade deve chegar a 84,31 sacas por hectare, sendo que na safra 2003/04, a média atingiu 55,56 sacas por hectare.
Nos Estados da Região Sul, a estimativa da produtividade pode ser considerada normal, uma vez que na safra anterior o rendimento pode ser considerado excepcional.
O milho deve mesmo ter uma produção total de 92,3 milhões de toneladas, distribuídas entre primeira e segunda safras. A conab estimou a primeira safra de milho em 17,3% inferior em relação à safra 2016/17 e deve alcançar 25 milhões de toneladas.
A produção total de milho no Brasil deve atingir 92,3 milhões de toneladas, com queda de área e produção na primeira safra. Um dado interessante é o de praticamente não haver variação entre o resultado da segunda safra da temporada 2016/17 com a estimativa para 2017/18.
O próprio relatório do quarto levantamento da Conab afirma que a chamada "janela climática" entre a saída da soja e entrada do milho em segunda safra é essencial para para a confirmação da estimativa.
Os dados da Conab por enquanto apenas repetem os números da segunda safra passada. Fator importante, implícito no levantamento, é a Companhia apontar para pouca alternativa do produtor em variar cultura na segunda safra. É evidente que a instituição deve mudar os dados entre os levantamento de março e abril, mas o documento destaca a situação.
A produtividade do milho de segunda safra também é bem parecida com a da campanha passada: antes era de 92,73 e agora passa a ser de 92,45 sacas por hectare.
A Produção geral de milho é estimada pela Conab com queda de 5,6% sobre a safra anterior, um total de 92,34 milhões de toneladas.