Artigo científico assinado pelos pesquisadores Carolina Obregão da Rosa, Rita Therezinha Rolim Pietramale, Juliana Dias de Oliveira e Clandio Favarini Ruviaro, dos Programas de Pós-Graduação em Agronegócio e em Zootecnia da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), descreve o processo produtivo de suínos em granjas comerciais e as emissões de GEEs (Gases do Efeito Estufa) da atividade, e confrontou os dados com o Programa Leitão Vida do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul que incentiva a produção sustentável de suínos.
“O programa Leitão Vida, ao exigir que os suinocultores regionais cumpram as recomendações do MS Carbono Neutro (Armôa, 2021), apoia o equilíbrio descrito por Wang et al. (2022). A inclusão do incentivo financeiro de US$0,36 por cabeça dentro do programa Leitão Vida permitiu que o indicador de ecoeficiência atingisse valores positivos”, escrevem os pesquisadores.
O Programa Leitão Vida já concedeu, desde a sua criação, mais de R$ 252 milhões em incentivos financeiros, totalizando o abate de 10,6 milhões de suínos e o apoio direto a mais de 100 mil matrizes só no ano de 2024. Em quatro anos, os pagamentos de incentivos saltaram de R$ 31 milhões (2020) para mais de R$ 64 milhões (2024), consolidando-se como dispositivo essencial para o crescimento sustentável do setor em Mato Grosso do Sul.
Em abril, o Governo do Estado publicou Resolução Conjunta entre a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) que atualizou e modernizou o programa. “Elevamos a régua. A partir de agora, o produtor que quiser estar dentro do programa vai precisar atender a critérios mais exigentes — e isso é positivo. O incentivo continua, mas será proporcional ao esforço do produtor em buscar maior sustentabilidade, produtividade e inovação”, afirmou na época o secretário da Semadesc, Jaime Verruck.
Os pesquisadores concluem o estudo afirmando que “os resultados também demonstram que a implementação de políticas públicas de incentivo, como o programa Leitão Vida, pode aprimorar significativamente tanto o desempenho econômico quanto o ambiental”.
Com o título “Avaliação da Ecoeficiência da Produção de Leitões: Uma Abordagem de Valor Econômico Adicionado ao GWP”, o artigo está disponível em diversos bancos de textos científicos na Internet.
Informações: Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação(Semadesc)