Confiança do consumidor cai 0,8 ponto em junho ante maio, para 85,9 pontos, afirma FGV

Em junho, o Índice de Expectativas (IE) teve queda de 0,4 ponto, para 88,7 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 1,1 ponto, para 82,9 pontos

24/06/2025 às 08:27 atualizado por Daniela Amorim - Estadão | Siga-nos no Google News
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A confiança do consumidor recuou 0,8 ponto em junho ante maio, após três meses de aumentos consecutivos, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desceu a 85,9 pontos, na série com ajuste sazonal. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,5 ponto.

 

"Após três meses em alta, a confiança do consumidor cede em junho, em um movimento de acomodação. O resultado foi influenciado tanto pela revisão das percepções sobre o presente, quanto das expectativas para os próximos meses, e disseminado entre os consumidores, exceto pelo grupo de renda mais alta", afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

 

Em junho, o Índice de Expectativas (IE) teve queda de 0,4 ponto, para 88,7 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 1,1 ponto, para 82,9 pontos.

 

"Entre os quesitos, o indicador que mede a percepção sobre a situação financeira foi o principal motivador do resultado, sugerindo que, apesar da resiliência da economia, os consumidores seguem preocupados com o orçamento doméstico, principalmente em um contexto de forte endividamento, inadimplência e alta dos juros. Destaca-se a terceira queda consecutiva do indicador de ímpeto de compras de bens duráveis, um possível reflexo sobre o consumo da política monetária restritiva. O indicador segue refletindo um consumidor pessimista", completou Gouveia.

 

Quanto ao momento atual, a percepção sobre as finanças pessoais das famílias caiu 2,1 pontos, para 72,5 pontos, e a percepção sobre a economia local encolheu 0,1 ponto, para 93,6 pontos.

 

Entre as expectativas, o item que mede as finanças futuras das famílias subiu 1,2 ponto, para 88,6 pontos. O item que mede as compras previstas de bens duráveis caiu 1,1 ponto, para 76,1 pontos, e o que avalia as perspectivas para a situação futura da economia local teve redução de 1,2 ponto, para 102,9 pontos.

 

Houve piora na confiança em quase todas as faixas de renda familiar em junho, com exceção dos mais ricos. O índice passou de 76,2 pontos em maio para 74,3 pontos em junho entre as famílias com renda até R$ 2.100, queda de 1,9 ponto, enquanto as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800 tiveram redução de 0,8 ponto na confiança, de 88,2 pontos para 87,4 pontos. O indicador passou de 91,0 pontos para 88,6 pontos entre as famílias com renda entre R$ 4.800,001 e R$ 9.600, queda de 2,4 pontos, e saiu de 91,5 pontos para 92,4 pontos, aumento de 0,9 ponto, no grupo com renda acima de R$ 9.600,01.

 

A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 2 e 18 de junho.


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